Suspeitas do envolvimento de Andy Bara no caso levarão novamente o FC Porto à FIFA
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Uma investigação da revista “Kicker” sugere que o agente Andy Bara, representante, entre outros, de Dani Olmo e Mika Faye, terá estado ligado ao processo de Cardoso Varela desde o início. O FC Porto já se encontrava a preparar notas de culpa de todos os agentes envolvidos no caso e, após estes novos desenvolvimentos, O JOGO sabe que os dragões avançarão também com uma queixa contra aquele empresário croata junto da FIFA para que lhe seja retirada a licença.
O processo de Cardoso Varela levantou suspeitas desde o início e motivou participações do FC Porto às autoridades judiciais e desportivas, pelo facto de o então jovem de 15 anos ter desaparecido subitamente quando lhe foi proposta a assinatura de um contrato de formação. O pressentimento de que poderia ser levado para um clube ponte na Croácia, país que contempla um regime de exceção à inscrição de jogadores menores de idade, foi confirmado quando o modesto NK Dínamo Odranski Obrez avançou com esse pedido.
O clube da quarta divisão croata utilizava como argumento a vontade do pai de Varela, que estaria a trabalhar naquele país. Uma informação entretanto confirmado pela “Kicker”, que o aponta como funcionário da “Majdakgrafica”, um fabricante de papel detido por Branimi Majdak, empresário que a revista alemã sugere estar também ligado ao futebol por surgir em várias fotografias das redes sociais da Niagara Sports, empresa de representação de Andy Bara.
A ligação entre Majdak, Bara e o pai de Varela é catalogada de “estranha” pela “Kicker”, que foi ao baú relembrar o processo de Mika Faye. O central, agora no Rennes, deixou a academia do Diambars FC, no Senegal, e acabou no NK Kustosija, clube onde Majdak chegou a desempenhar as funções de presidente.
Varela encontra-se nesta altura à espera de autorização da FIFA para ser inscrito pelo Dínamo de Zagreb. O internacional jovem português, agora com 16 anos, é um jogador livre e, como tal, poderá ver confirmada a mudança. O caso, contudo, terá de passar sempre pela câmara do organismo que tutela o futebol mundial, onde o FC Porto voltará a expor todos os contornos de um caso que tem feito correr muita tinta devido à sua obscuridade.