Cláudia Santos é candidata à presidência do Conselho de Disciplina da FPF.
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A candidatura de Fernando Gomes à presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) sublinhou esta segunda-feira a "legalidade" da opção por Cláudia Santos para a ocupar o lugar de presidente do Conselho de Disciplina (CD).
"Como a Doutora Cláudia Santos exerce o mandato de deputada na Assembleia da República, foi solicitado parecer prévio à formalização do convite e da respetiva aceitação 'sobre a existência de eventual incompatibilidade ou impedimento na acumulação do exercício do mandato de Deputada com o exercício de funções (nomeadamente na qualidade de Presidente) em órgão social (no caso, Conselho de Disciplina) de entidade dotada de utilidade pública desportiva (como a Federação Portuguesa de Futebol)'", pode ler-se no comunicado divulgado esta segunda-feira, que realça o parecer da Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados:
"O parecer da Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados, datado de 15 de abril de 2020, afirma o seguinte: 'Não existe qualquer incompatibilidade ou impedimento no exercício cumulativo, pela Senhora Deputada Cláudia Santos, do mandato de Deputada com a titularidade do cargo de presidente do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol'", acrescenta a candidatura do atual líder da FPF, prosseguindo com elogios a Cláudia Santos.
"O Dr. Fernando Gomes considera ser a Professora Doutora Cláudia Santos a escolha certa e adequada para presidente do Conselho de Disciplina da FPF, garantindo a competência e rigor exigidos pela função. A candidatura e a professora Cláudia Santos não teriam formalizado e aceite o convite sem que tivessem sido dados todos os passos jurídicos para que fosse salvaguardada a legalidade do exercício futuro das funções para que venha a ser eleita", remata o comunicado.
De recordar que, no domingo, Marques Mendes reprovou de forma veemente a escolha de Cláudia Santos para encabeçar o Conselho de Disciplina da FPF. "A relação política-futebol é má para todos, ainda por cima tratando-se de um órgão da Federação Portuguesa de Futebol polémico, controverso, de conflito permanente, porque decide os castigos aos dirigentes, aos jogadores, aos clubes... Ou seja, é polémica todas as semanas. E isto mina seriamente a imagem do parlamento", assinalou o comentador da SIC.