Campeonato português é um dos que melhor aproveita a regra das cinco substituições
Observatório do FPF analisou o impacto da regra que ficou no pós-pandemia e a liga lusa é das que mais uso faz dos disponíveis no banco.
Corpo do artigo
O principal campeonato português é um dos que melhor aproveita a regra das cinco substituições, até por comparação com quatro das cinco mais importantes ligas da Europa - Espanha, Alemanha, Itália e França (Inglaterra voltou ás três substituições -, revela o mais recente estudo do Portugal Football Observatory.
O documento deste comité de análise da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) comparou dados das últimas cinco épocas (desde 2018/19) relativamente à alteração operada aquando do início da pandemia de covid-19, tornada definitiva recentemente, embora da responsabilidade dos organizadores das competições.
Assim, e conforme se pode ver no gráfico abaixo, na Liga Bwin realizaram-se, em média, 4,35 substituições por jogo na época 2020/21, à frente de quatro dos "Big Five". Na temporada mais recente, 2021/22, apenas a LaLiga (Espanha) registou um número superior, de 4,53, por comparação aos 4,46 de Portugal, que ainda assim subiu em relação ao ano desportivo anterior.
De 2020/21 para 2021/22, a Liga Bwin aumentou de 52 para 61 por cento o uso das cinco substituições pelas equipas; já quanto às substituições extra (4 ou 5), em Portugal foram utilizadas em 85 por cento das ocasiões em 2020/21, tendo este número subido para 88 por cento em 2021/22, ficando no entanto, nesta época, atrás dos 89 por cento espanhóis.
"Quanto ao contexto do jogo no momento das substituições (se a equipa está a perder, empatada ou a ganhar), conclui-se que não existem alterações significativas entre o período com três substituições e o período com cinco substituições", refere o estudo.
Para o observatório, houve também impacto quanto à posição dos jogadores: antes, os jogadores substituídos ocupavam normalmente as posições do meio-campo ou do ataque. Desde a alteração regulamentar, foi possível perceber que também os defesas, que tendencialmente permaneciam em campo mais tempo, passaram a ter uma maior preponderância nas posições a serem substituídas, aproveitando-se as duas substituições adicionais para se refrescar a defesa mais regularmente.