Competição organizada pela FPF arranca este sábado à tarde, às 17 horas, com o Pevidém-Ribeirão, da Série A. Candidatos não faltam e o equilíbrio será novamente grande; Prova é disputada por 56 equipas, divididas em quatro séries de 14. Passam à fase de subida os dois primeiros de cada agrupamento e subirão, depois, quatro clubes à Liga 3, o terceiro escalão.
Corpo do artigo
Começa hoje, às 17 horas, com o Pevidém-Ribeirão, o maior campeonato do panorama desportivo nacional. Relegado a quarto escalão desde a criação da Liga 3, o Campeonato de Portugal (CdP) perdeu protagonismo mas continua a ser a competição com mais distritos representados, a seguir à Taça de Portugal.
Esta época, o CdP terá 56 clubes, distribuídos por quatro séries de 14 equipas. Os dois primeiros de cada agrupamento seguem para a fase de subida, enquanto os cinco últimos caem para os distritais. A etapa de promoção é dividida em duas zonas (norte e sul) com quatro clubes, cada, num total de seis jogos. Os dois primeiros sobem à Liga 3 e os vencedores de cada série disputarão a final do CdP, no Estádio do Jamor.
Muitos candidatos mais a norte
Na Série A, composta essencialmente por clubes minhotos, transmontanos e por três madeirenses (Marítimo B, Portosantense e Camacha), difícil mesmo é prever quem ficará nos dois primeiros lugares, tamanho é o equilíbrio em perspetiva. O Montalegre desceu da Liga 3 e promete ser candidato, mas há outros, como o Dumiense, da freguesia de Dume, onde está o Estádio Municipal de Braga, o Mirandela, regressado do Distrital e sempre habituado a fazer boas temporadas; o Pevidém, que esteve na edição de estreia da Liga 3; o projeto da SAD do Portosantense, que recolocou a ilha de Porto Santo no mapa desportivo nacional; o refundado Ribeirão 1968, outrora casa de conceituados treinadores e jogadores como Daniel Ramos, técnico do Arouca, ou Ederson, guarda-redes do Manchester City; o histórico Tirsense, há muito à procura de trepar mais uma divisão; e ainda equipas sempre competitivas como o Vila Real, Vilar de Perdizes, Camacha e Limianos.
Vitória entre históricos do grande Porto
A Série B é quase um distrital do Porto com alguns "intrusos". Entre as 14 equipas, nove são da AF Porto (Marco 09, Amarante, Gondomar, Oliveira do Douro, Rebordosa, Salgueiros, Valadares e Vila Meã) e três de Aveiro (Beira-Mar, o estreante Florgrade e o São João de Ver). O Lamelas, também em estreia no CdP, representa a AF Viseu e há o V. Guimarães B, vindo da Liga 3. Os vitorianos assumiram o objetivo e a necessidade de colocar os mais novos a rodar num patamar competitivo superior, mas terão a feroz concorrência de adversários como o São João de Ver e o Paredes, ambos despromovidos da Liga 3, Rebordosa e Beira-Mar, que lutaram pela fase de subida em 2022/23, Amarante, que chegou a essa etapa, mas não conseguiu dar o salto, o promovido Marco 09, que já andou pela II Liga noutros tempos, ou os sempre competitivos Gondomar e Valadares. Será, certamente, um grupo marcado por muito equilíbrio.
A zona do centro e dos Açores
Avançando mais no mapa nacional, a Série C apresenta clubes do centro, desde o litoral ao interior, e os açorianos Fontinhas, Lusitânia e Rabo de Peixe. O Alverca B faz a estreia no CdP mas, olhando para cima, U. Santarém, Marinhense, Rabo de Peixe e Benfica e Castelo Branco costumam ter equipas capazes de fazer boas temporadas. No entanto, o Sertanense, quase um histórico deste CdP, com mais de 20 participações, o União de Tomar, Mortágua e Peniche também tentarão ter bons desempenhos. O Fontinhas já esteve na Liga 3, mas agora terá um investimento mais contido.
Viagem de Lisboa ao Algarve
Na Série D há um misto de equipas lisboetas, alentejanas e algarvias, com a presença de vários históricos como Barreirense, Fabril, Juventude, Lusitano de Évora, Oriental, Elvas e... V. Setúbal, que caiu inesperadamente da Liga 3. Claro está que os sadinos são o maior tubarão num lago com muitos peixes graúdos. O Lusitano de Évora esteve na fase de subida de 2022/23, o Juventude lutou por esse objetivo até ao fim, o Moncarapachense também desceu da Liga 3, enquanto o Louletano vem do Distrital depois de alguns anos a ter bons desempenhos no CdP, tal como o Oriental, regressado dos escalões regionais. Nesta equação há também a ter em conta o Real SC, que estava igualmente no terceiro escalão nacional, e outsiders como o Elvas, que aparenta ter-se reforçado em qualidade.Mais uma série que promete manter os pergaminhos de competitividade que marcam este campeonato.