Médio do Levante passou sem sucesso pelo FC Porto de Julen Lopetegui. Chamado agora à seleção espanhola, recorda a passagem por Portugal como um momento decisivo.
Corpo do artigo
Campaña trocou a Sampdória pelo FC Porto em 2014, engrossando a lista de jogadores espanhóis que nesse período foram chegando à equipa azul e branca que era então treinada por Julen Lopetegui, atual técnico do Sevilha. O objetivo, assume numa entrevista à Marca - interessada mais do que nunca no médio chamado à seleção de Espanha por Luis Enrique - era jogar com regularidade. O que aconteceu foi exatamente o contrário.
Chegou ao FC Porto como bicampeão da Europa nos sub-19, tendo nas seleções de Lopetegui o destaque que lhe fugia nos clubes. No Sevilha, onde se formou, jogou nas piores épocas da última década e saiu em litígio. Não vingou nos estilos mais físicos do Crystal Palace (6 jogos) e do Nuremberga (10 jogos) e na Sampdória.
"Aprendi muito com o passado. Tive a oportunidade de viver em diferentes países e jogar diferentes tipos de futebol. Onde eu chego ao fundo do poço e páro por pensar é em Portugal. Vou para lá porque Lopetegui conhecia-me e havia muitos espanhóis, O FC Porto era uma equipa com nome e com grandes jogadores. Sabia que era difícil, mas esperava jogar porque conhecia o treinador. Mas isso não sucedeu. A partir daí, decidi que tinha de trabalhar para ir para uma outra equipa em boas condições físicas e mentais. Não tinha minutos com a primeira equipa e decidi ir jogar no FC Porto B para não perder ritmo de competição. Desci um degrau, porque tinha fé no meu futebol, para recomeçar do zero e subir até onde cheguei agora", afirmou ao jornal espanhol.
Desiludido com Julen Lopetegui?: "Não, de modo algum. Há muitas coisas que acontecem num clube e, no fundo, estou-lhe grato. Esse ano foi para mim o ponto de viragem para acumular a maturidade que fez de mim o que sou. É complicado, porque um futebolista quer sempre jogar, mas estou-lhe parcialmente grato. Foi aquilo que me fez mudar o chip, Onde toco no fundo e faço o meu ponto de viragem. Isso sucedeu em Portugal. Vou para lá porque Lopetegui pensou que me poderia dar uma oportunidade, mas não tive. Ele pediu-me desculpa e eu sabia que havia muita concorrência", disse ainda.