"Camisola vermelha sem símbolo do Braga e sabiam quem estava a jogar"

Sobre o Marítimo: "A nossa forma de encarar os adversários é sempre a mesma. Vamos defrontar uma equipa com processos simples, muito organizada e com um bom treinador. A partir de janeiro, subiram em termos de qualidade. Lutam por objetivos diferentes, mas lutam obviamente pela vitória. Teremos que ser fiéis à nossa identidade e continuar a ser iguais, cumprindo com as missões táticas e com enorme respeito por esta instituição".

A intenção de dominar: "Mais do que dominar, esta equipa quer jogar sempre para ganhar e marcar golos. A competição é aquilo que nos avalia, o nosso teste. Sabemos que do outro lado vamos defrontar uma equipa de processos simples, com uma ideia muito vincada e muito eficaz. Temos que procurar, dentro da nossa identidade, ganhar. Se jogássemos com uma camisola vermelha, mas sem o símbolo do Braga, toda a gente sabia quem estava a jogar. É mais do que uma ideia de jogo: é uma forma de estar no futebol. Dependemos uns dos outros, de uma ideia coletiva. Procuramos interpretar todos os momentos do jogo e até ao momento temos sido sólidos. Jogue quem jogar, dá sempre uma resposta à altura".

Entrada forte no jogo: "Terá que ser assim. Respeitamos todos os adversários e estudamos bem o Marítimo, percebendo quais são os seus pontos fortes e fracos. E estes jogadores sabem que quando temos bola toda a gente tem de se mexer e procurar linhas de passe. E quando não temos a bola, toda a gente deve mexer-se. É a nossa forma de estar. É isso que nos valoriza e valoriza o espetáculo. Vamos continuar alerta, percebendo que cada jogo começa do zero e que só com muita intensidade e qualidade coletiva é que estamos mais próximos da vitória".

A três pontos do recorde de Domingos: "Digo sempre aos jogadores que é possível fazer mais e melhor e que é possível fazer o que ainda não foi feito. Tudo aquilo que nos trouxe até aqui é que nos vai levar longe, em maio. A exigência é cada vez maior, porque os adversários conhecem-nos cada vez melhor. Temos por isso que treinar como animais. É raro o treino em que não acontecem mazelas. Só estando nos limites, no red line, conseguiremos ser melhores a cada treino e a cada jogo. Ainda hoje um jogador saiu com mazelas, não sei se poderá jogar ou não. Quem é? Não posso dizer".

Quarto lugar será uma desilusão? "Não sei em que lugar ficaremos, o que eu sei é que tenho um orgulho enorme nestes jogadores, como têm os adeptos. É um prazer perceber a paixão dos adeptos em relação à equipa. Estamos a conquistar a confiança deles, eles sabem que tudo fazemos para ganhar. É mais do que uma forma de jogar, é uma forma de estar, sendo solidários. Juntos somos mais fortes. Para lá da classificação há a valorização dos jogadores. Depois faremos as contas. A nossa obsessão não é a classificação, é querermos ser melhores, a cada dia que passa".

O Braga pratica o melhor futebol em Portugal? "Alguma vez viram um pai falar mal de um filho? Mas é honestamente o que eu vejo. A classificação só se fecha a meio de maio. O nosso foco está para já no jogo com o Marítimo. É mais uma oportunidade para crescermos e custa-me quando alguns se queixam que a sua equipa não tem soluções. O Rosic, o Ricardo Ferreira, o Vukcevic, entre outros, tiveram que sair e ninguém deu pela falta deles. Temos que ser ambiciosos, querer sempre mais. Colocamos a fasquia alta, mas temos que se realistas. Não sei se vamos bater o recorde de pontos, mas depois há que colocar uma pergunta: o que há de diferente? Lamento que só olhem para a classificação. É claro que isso me interessa, mas há que levar em conta toda aquela gente apaixonada em Santa Maria da Feira. Isso contagia os jogadores. Temos que crescer a todos os níveis. É isso que nos faz maiores. Acho que os nossos adeptos se revêm na nossa forma de jogar e de estar no futebol".

As críticas do presidente às arbitragens: "O que o presidente falou, está dito e está escrito. Agora cada um que faça a sua interpretação. Já falei sobre isso na semana passada".