"Cada um fez a festa à sua maneira. A minha terminou cedo, estava cansado"

O triunfo por 2-1 frente ao Vitória pode ter sido o clique que faltava para o clube elvense regressar aos grandes palcos do futebol, que deixou de frequentar no final dos anos 80. Na ressaca da eliminação do V. Guimarães, Vincenzo Caci, presidenteda SAD, já sonhava com o O Elvas novamente na I Liga, idealmente dentro de cinco anos, apesar de reconhecer que não será um objetivo fácil de alcançar. “Os sonhos são para realizar e o tempo vai confirmá-lo. O clube merece estar nesta fase [os quartos de final], não só pelo amor ao futebol, mas também pelo talento que tem na academia. É o início de um processo de trabalho”, explicou a O JOGO.

À margem desses planos futuros, o treinador Pedro Hipólito procura concentrar-se no presente, focado já no objetivo de vencer os próximos três jogos para o Campeonato de Portugal e, claro está, os “quartos” da Taça, frente ao Tirsense, dia 5 de fevereiro.

A festa do técnico, depois do feito histórico de eliminar o V. Guimarães, resumiu-se a responder a algumas mensagens e a um jantar em Lisboa com familiares e amigos, que não foi além das 23h00. Uma celebração contida, apesar de ter sido a primeira vez que os elvenses chegaram aos quartos de final. Ontem, era já dia de começar a pensar em trabalho.  “Cada um fez a festa à sua maneira. A minha terminou cedo, porque estava muito cansado. Hoje [ontem] para nós foi dia de descanso, mas amanhã [hoje] voltamos ao trabalho para preparar o jogo com Os Marialvas, que queremos muito ganhar”, explica. Da reação da cidade, Pedro Hipólito tinha ainda um conhecimento escasso, além do que vira no estádio. “Ou passaram a manhã a dormir ou foram diretos para o trabalho”, supõe, ciente de que não é todos os dias que o Alentejo aparece nas primeiras páginas por razões desportivas.

O Tirsense, adversário que se segue, “também é para vencer, e depois logo se vê”, reforça Hipólito. Curiosamente, na época passada, os dois clubes cruzaram-se na terceira eliminatória da prova. O jogo terminou empatado (1-1), mas os alentejanos venceram nos penáltis (4-2).  

Folga a responder a mensagens

O timoneiro da equipa alentejana recebeu várias mensagens a elogiar o desempenho frente aos conquistadores e ficou particularmente emocionado quando leu as palavras de um antigo diretor desportivo do Joane, clube que treinou em 2013/2014, também no Campeonato de Portugal. “Marcou-me a mensagem do senhor Carlos, pessoa que tem sempre uma palavra amiga. Nunca esqueci o abraço que me deu no meu último dia de treinador do Joane e tenho um carinho muito especial por ele”.