Num longo documento, o organismo presidido por José Fontelas Gomes também revelou as indicações que deu aos árbitros nos casos de fora de jogo, numa alusão ao Sporting-Braga e FC Porto-Benfica
Corpo do artigo
O Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol enviou esta semana aos clubes um dossiê onde são relembrados e clarificados os mecanismos de intervenção do videoárbitro (VAR), confirmou a O JOGO fonte federativa, sendo nele reforçadas as indicações que tinham sido dadas no início da época, em ações de formação que precederam a introdução oficial do VAR.
Sujeito a algumas polémicas, com acusações de dualidade de critérios na sua aplicação, o CA elencou, no referido documento, as decisões que foram revertidas pelo VAR, tendo ainda esclarecido as indicações que são transmitidas aos árbitros nos casos concretos de fora de jogo, numa alusão a lances ocorridos no jogo entre o Sporting e o Braga e, mais recentemente, na receção do FC Porto ao Benfica. "Como árbitros, deverão retardar o apito quando existe um suposto fora de jogo e está iminente uma situação de golo. É preferível apitar depois e assinalar o fora de jogo, do que interromper antes da bola entrar e anular um golo obtido de forma correta", lê-se.
Num documento de 16 páginas, o organismo presidido por José Fontelas Gomes volta a recordar os quatro momentos protocolados para a utilização do VAR (golos, lances de penálti, cartões vermelhos e casos de identidade trocada) e mostrou-se disponível para esclarecer as dúvidas que possam continuar a existir, antes de rematar com um recado aos clubes que têm pedido a divulgação das comunicações áudio entre os árbitros de campo e o VAR. "Nunca divulgará nada a pedido de qualquer clube e entende mal que os clubes façam exigências desse tipo, criando ruído e procurando confundir os adeptos, num claro desrespeito pela ação pedagógica", escrevem.