Porto Comercial e Loja do Associado do FC Porto alvo de buscas este domingo. MP acredita que Catarina Madureira tem vendido ingressos para os jogos do clube desde que o pai Fernando se encontra preso
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As buscas levadas a cabo este domingo pela PSP na Porto Comercial e na Loja do Associado do FC Porto têm a família Madureira na mira, segundo adianta o Jornal de Notícias. Escreve a publicação que Catarina Madureira, filha do líder da claque Super Dragões, em prisão preventiva no âmbito da Operação Pretoriano, tem liderado a venda de ingressos para os jogos do clube azul e branco. E fê-lo, acredita o Ministério Público, com o apoio dos avós, pais de Sandra Madureira, também ela alvo de buscas este domingo. Em causa está o branqueamento dos lucros da venda ilegal de bilhetes.
Fonte oficial da PSP explicou que “já foram apreendidos vários milhares de ingressos para espetáculo desportivo, quantias monetárias e já foram, também, constituídos arguidos mais de uma dezena de indivíduos”. A mesma fonte referiu que as buscas iniciaram-se ao inicio da manhã para “dar cumprimento a vários mandados judiciais” e estão a ser feitas “com o apoio de diversas valências policiais”.
Em comunicado, Direção do FC Porto deu conta que a Porto Comercial, sociedade pertencente ao universo empresarial do FC Porto, e a loja do associado do clube estão a ser alvo de buscas no Estádio do Dragão. Estas diligências, que ainda decorrem, estão relacionadas com a Operação Pretoriano.
As buscas acontecem horas antes de o FC Porto, terceiro classificado da I Liga, com 66 pontos, receber o vizinho Boavista, 14.º, com 31, a partir das 20h30, no dérbi portuense da 33.ª e penúltima ronda, sob arbitragem de Artur Soares Dias, da associação do Porto.
A Operação Pretoriano investiga os incidentes ocorridos na Assembleia Geral (AG) do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, sustentando o Ministério Público que a claque Super Dragões pretendeu “criar um clima de intimidação e medo”, para que fosse aprovada a revisão estatutária “do interesse” da então direção ‘azul e branca’, liderada por Pinto da Costa.
Em 31 de janeiro deste ano, a PSP deteve 12 pessoas - incluindo dois funcionários do FC Porto e o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira, que continua em prisão preventiva, juntamente com Hugo Carneiro.