Pela forma como estão a ser "incutidas as ideias do treinador e como o grupo tem respondido", o guarda-redes do Vitória está com "confiança" numa temporada de sucesso
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Bruno Varela, guarda-redes e capitão do Vitória de Guimarães, foi o porta-voz do grupo liderado por Rui Borges que esta terça-feira, no treino aberto realizado no campo nº 5 da Academia do clube, contou com o apoio de cerca de 500 adeptos.
A uma semana do primeiro jogo oficial começa a crescer o nervoso miudinho?
“Não, não diria que é o nervoso miudinho. É um bocado aquela vontade normal de começar a competição oficial, aquela pequena ansiedade, o que é normal quando sabemos que os jogos são a contar. Mas plena confiança naquilo que temos feito e no que já fizemos na pré-época. Ainda faltam dois jogos para concluir a pré-época. A equipa tem demonstrado uma boa qualidade. O pessoal que chegou veio acrescentar e tem-se adaptado muito bem. Temo-nos adaptado bem às ideias do treinador. E no que toca a isso, a equipa está com a máxima confiança.”
Como é que está a correr esse período de adaptação às ideias do treinador? O sistema tático diferente do que era utilizado na época passada...
“É um processo normal de adaptação. É um sistema tático diferente, vínhamos de duas épocas a jogar praticamente sempre no mesmo sistema, mas a nossa função é essa. É adaptarmo-nos às ideias dos treinadores. E até agora tem corrido super bem. O míster também dá as indicações corretas. Todo o staff também trabalha nesse sentido. Então acho que nesse sentido as ideias têm sido muito claras.”
O Bruno Varela é um dos elementos da plantel do Vitória que está há mais tempo no clube. Como tem tentado passar o que é o clube aos reforços até agora contratados?
“É um bocado o que é a minha função. A parte da longevidade no clube acresce essa responsabilidade de poder incutir de certa forma aquilo que são os valores e as ideias do clube. Não só a mim, mas também a quem já está aqui há algum tempo. E faço isso obviamente com todo o gosto. O meu interesse é que toda a gente que vem se adapte o mais rápido possível ao clube e à realidade do clube. Porque sei que quanto mais rápido se adaptarem, mais rápido nos vão ajudar. E isso é o que nós mais queremos.”
Grande apoio esta manhã, o que prometem aos adeptos?
“Nós prometemos aquilo que prometemos todos os anos, que é trabalho. Nós aqui nunca prometemos resultados, porque isso acaba sempre por ser relativo. Obviamente que vamos sempre lutar e jogar para ganhar. Essa é a ideia e a ambição do clube. E nós também estamos com essa ambição bem incutida em nós. Mas, acima de tudo, prometemos muito trabalho e muita dedicação. Os objetivos vão ser sempre o jogo a jogo. Não vamos estar aqui a traçar objetivos. Obviamente que depois da época passada, onde batemos o recorde de pontos, vamos querer fazer sempre melhor. E é tentar fazer melhor do que fizemos na época passada. Mas olhar primeiro para o jogo a jogo e já olhar para aquilo que vai ser a Liga Conferência.”
Qual o objetivo no primeiro desafio da época?
“A Liga Conferência é uma competição onde temos muita vontade de entrar, que as coisas corram bem. E, obviamente, queremos fazer tudo para conseguir entrar nessa competição. Há esse desejo e essa legitimidade de chegar mais longe. Até porque o Vitória é um clube que sempre esteve habituado a competir a meio da semana na Liga Europa, na altura, e agora temos a Liga Conferência. Temos que ter essa ambição, independentemente do adversário que possamos apanhar. Nos últimos dois anos, as coisas não correram bem. Há dois anos fomos eliminados por uma equipa de nível, que era o Hajduk, mas na época passada fomos por uma equipa que estava completamente ao nosso alcance. E este ano compete-nos fazer melhor. Sabemos que temos de fazer melhor do que na época passada, principalmente no segundo jogo com o Celje em casa. São três play-offs, seis jogos, dentro disso, ainda vamos ter os jogos do campeonato. Mas o foco da equipa, obviamente, é poder passar play-off a play-off, jogo a jogo, com a ambição de poder entrar na fase de grupos”.
Ainda tem pouco tempo de trabalho com o novo treinador. O que é que destaca em Rui Borges?
“Há pouco tempo, mas já muitos treinos e algumas horas juntos. O tempo no Algarve também foi muito bom para passarmos muito tempo juntos. Ideias muito fixas, muita transparência naquilo que é as ideias e a liderança do míster Rui Borges. A parte pessoal também. Toda a gente tem-se adaptado muito bem à parte pessoal e tática do treinador. O grupo tem dado uma resposta muito boa. Os resultados nem sempre são mais importantes nas pré-épocas, mas têm sido bons. A qualidade do jogo também tem sido boa. A maneira como temos treinado também tem sido muito positiva, o míster já tinha elogiado isso anteriormente."
Confiante numa época de sucesso com este treinador?
“Já demonstrou qualidade onde esteve e vai, com certeza, continuar a demonstrá-la aqui. Acho que a maneira como o grupo trabalha, a maneira como têm sido incutidas as ideias e como o grupo tem respondido até agora, tenho essa confiança. Porque realmente as coisas estão a ir bem. Sentimos-nos bem com as ideias do míster, também está com um entusiasmo muito grande. Agora, claro que nós sabemos que isto não vai ser sempre perfeito e obviamente que vamos ter obstáculos, mas é aí que entra a união do grupo. E com certeza que vamos ultrapassar isto de uma maneira muito melhor.”