Bruno Reis representou os algarvios durante 12 anos e não conheceu outro clube, mas agora, a título de empréstimo, vai jogar no Covilhã. O médio garante que fez tudo "com o coração", não sabe se é um adeus ou um até já e, entre as boas memórias, não esquece o primeiro treino com a equipa principal, ainda no tempo de Vítor Oliveira.
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Foram 12 anos a vestir a camisola do Portimonense, a única que até agora envergara. Bruno Reis vai, aos 23 anos, experimentar outros desafios e conhecer outras realidades, por sinal bem longe de Portimão, a cidade onde nasceu e cresceu. O médio seguiu para o Covilhã, da Liga 3, na condição de emprestado, e, como ele próprio diz, não sabe se será um adeus ou um até já. "É a primeira vez que saio de casa. Deixei família e amigos, mas sigo atrás do sonho; há pessoas que me vão ajudar a subir", diz o médio, ligado ao Portimonense até 2024.
A despedida do clube algarvio foi, naturalmente, emotiva. "Deixo o Portimonense com o sentimento de dever cumprido. Fiz tudo com o coração. Cheguei menino e saio homem, num percurso que me levou dos infantis aos seniores, com a felicidade de ter feito muitas amizades. Estou grato aos amigos, aos jogadores, diretores, treinadores e nunca esquecerei o que fizeram por mim."
Bruno Reis tem vários momentos que guarda num cantinho especial, mas, desafiado a eleger um, não pensa duas vezes. "O primeiro treino com a equipa principal, sob a direção do míster Vítor Oliveira, que foi uma pessoa importante neste percurso. Toda essa época, aliás, foi excelente, inclusive nos juniores, com Ivo Garcia, até porque foi também graças a ele que fiz o meu primeiro contrato de profissional."
O médio teve outras propostas, mas escolheu o Covilhã, muito devido à insistência do presidente José Mendes e do treinador Alex Costa. "Quero jogar regularmente, evoluir, errar e aprender, e quero também ajudar esta gente, que está disposta a fazer tudo por nós. O Covilhã é um histórico, agora um grande na Liga 3, e a aposta passa pelo regresso à II Liga".