O sucessor de Tozé Marreco assinou ontem contrato até final da temporada. E já agendou o primeiro treino para amanhã, pelo que não haverá folga após a estreia na liga. O antigo técnico do Estoril regressa a Portugal depois de uma passagem pelo Catar, mas só assumirá a equipa gilista depois do jogo de hoje, no Dragão.
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Bruno Pinheiro é o novo treinador do Gil Vicente. Foi oficializado ontem pelo clube de Barcelos, confirmando-se a notícia avançada por O JOGO. Chega acompanhado pelos adjuntos Emanuel Mesquita e João Coimbra e o primeiro treino é já amanhã, depois de o jogo de hoje no Dragão, contra o FC Porto, que Pinheiro observará da bancada. Carlos Cunha, técnico dos sub-23, é quem vai assumir, mais uma vez, o cargo como interino, e logo num jogo contra um grande, tal como acontecera nas duas últimas vezes em que cumprira esse papel.
O novo técnico gilista, apurou O JOGO, quer começar o mais rápido possível, até porque o encontro seguinte é já na sexta-feira, em casa, frente ao Aves SAD, de Vítor Campelos, curiosamente, o treinador despedido pelo Gil Vicente a cinco jornadas do final da época passada para contratar Marreco. Ao serviço do Estoril, onde se destacou, além de conseguir a subida de divisão, Bruno Pinheiro levou os canarinhos à conquista do título de campeão da II Liga e alcançou as meias-finais na Taça de Portugal. Manteve-se no clube e em 2021/2022 terminou o campeonato na 9.ª posição.
Uma anterior passagem pelo Catar deixara marca e por isso foi convidado a regressar àquele país. Treinou a seleção de sub-23 catari, mas recebeu uma oferta do Al Sadd, onde obteve novo sucesso na carreira, ao conquistar o título.
Pinheiro mostrou-se agradado com o projeto apresentado pelos gilistas, sobretudo a ideia de um futebol pela positiva, à imagem da época em que, sob orientação de Ricardo Soares, o clube conseguiu um inédito apuramento europeu.
Marreco e as “decisões difíceis”
A primeira reação de Tozé Marreco, após ter abandonado os gilistas, surgiu via redes sociais. “Obrigado ao Gil Vicente por ter confiado em mim num momento tão difícil na época passada. E aos gilistas por tanto apoio! É um orgulho ter sido treinador deste enorme clube. Na vida, as decisões, por mais difíceis que sejam, têm de ser tomadas. Assunto encerrado e virar de página”, concluiu, sem explicar nada, como se percebe, sobre a decisão tomada.