Bruno Lage: "Boca Juniors vai ser um teste ao que deixámos há três semanas"

Principais virtudes do Boca: “acho que vai ser um jogo muito competitivo. Tivemos oportunidade de analisar o Boca, acreditamos que jogue num 4-4-2 tradicional, a questão é saber se joga com um homem atrás dos dois avançados, mas o Boca joga compacto, é aguerrido e temos de estar no nosso melhor. É uma grande equipa e o Boca também sabe que vai jogar com uma grande equipa. Espero um grande jogo”. 

Como gerir sensibilidades de mercado nesta prova? “É realmente uma pergunta interessante. A nossa forma de encarar este troféu tem de ser muito semelhante ao estado de espírito dos jogadores quando estão na seleção. Para nós não é um final de época e também não é o início da próxima, é encararmos isto como competição. É essa a mensagem que tenho transmitido e os jogadores estão concentrados no que temos de fazer. Esta equipa tem jogado como uma família e quando olham uns para os outros, os jogadores sabem que cada um corre pelo colega e isso não vai deixar de ser por situações que ainda estão em aberto pelo mercado”. 

Qual seria a missão cumprida com o Boca? “Temos de ter a preocupação de entrar com enorme ambição nesta competição. Temos sentido um enorme calor e tem de ser fator de adaptação à competição. Há vários pontos em que é diferente do Mundial de seleções. A última vez que estivemos juntos foi há duas/três semanas. Estou com os jogadores há dois/três dias, porque chegaram das seleções. Temos de olhar para eles e perceber muito bem quem pode dar energia imediata e quem pode dar o rendimento mais próximo de há três semanas. A nossa abordagem enquanto treinador é sentir que podemos ser treinador e selecionador, como num Mundial de seleções. Temos a ambição enorme de passar a fase de grupos, com condições como estas, climatéricas, com a nossa forma de jogar. Se passarmos o primeiro objetivo, com jogos a eliminar e sem ser a duas mãos, temos de ter um compromisso muito grande, podemos fazer uma boa campanha. Vai ser jogo muito interessante e um teste ao que deixámos há três semanas, de sermos competitivos e a partir daí fazer a nossa caminhada”. 

Belotti e Renato Sanches estarem nesta prova pode ser sinal de que vão ficar? “O passado ficou para trás, a próxima época não está incluída neste momento. O que posso garantir, até porque pela saída de Di María, o grupo vai ser diferente. O passado está fechado e este não é o momento para falar do futuro, está a ser preparado e estamos perfeitamente identificados com o que temos de preencher na equipa para ter um plantel de enorme qualidade”.