Bruno de Carvalho: "Se as pessoas erram, são despedidas. Foi na Alemanha, adorei"
Bruno de Carvalho, presidente do Sporting, esteve presente na Web Summit.
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Opiniões - "Creio que é importante darmos as nossas opiniões e o Sporting tem sido uma voz importante nestes últimos quase cinco anos nas alterações, valores e futuro do futebol".
Intervenção do Governo - "Não vim cá falar do nosso espaço pequenino, que é o nosso Portugal lindo. Vim cá falar de uma indústria ao nível global, que equivale à indústria cinematográfica de Hollywood. Não acredito que uma indústria desta dimensão tenha a capacidade através das federações e das ligas de resolver problemas como o ownership. Falamos de clubes que são detidos, temos de falar em leis, transparência, integridade do jogo, cruzamento de dados, sobre o financial fair-play. Estamos a falar de um mercado que envolve 15 milhões de postos de trabalho. Os Governos têm de intervir, naquilo que é a regulamentarização do futebol. Estamos a falar para o mundo e não só para Portugal"
Videoárbitro, divulgação do áudio - "Uma das coisas que acho engraçado. Estou de acordo com tudo isso. Acho importante que os clubes não transmitam os próprios jogos. Na Alemanha não tiveram problemas: uma pessoa que errou, favorecendo o Schalke 04, foi despedida. Aqui por tudo tudo se criam cenas, fitas. Chega-se à Alemanha, favoreceu um clube, rua. Também gostava disso. Não só os áudios, gostava que Portugal passasse a ser um país normal. E normal é ter a capacidade de falar as coisas sem medos. Parece que sempre que alguém diz alguma coisa, tem uma segunda intenção. Se as pessoas erram, são despedidas. Foi na Alemanha, adorei. Na vida temos de ser profissionais e competentes. Quando não somos, temos de olhar para os bons exemplos. Chegaram à Alemanha, despediram. Na Itália uma equipa não se portou bem e desceu de divisão. Só em Portugal somos complexados e fazemos de tudo uma grande fita e um grande problema".