Apesar de a assembleia geral do dia 28 se destinar à apresentação dos resultados da auditoria de gestão, o líder já está preparado para explicar as escolhas desportivas no comando da equipa
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O investimento efetuado na contratação de Jorge Jesus é visto pela SAD liderada por Bruno de Carvalho como sendo facilmente compensado pela garantia de resultados que o treinador tem atrás de si nos seis anos em que esteve ao serviço do rival Benfica. Será esse o início da explicação a dar aos associados na próxima assembleia geral do clube, dia 28 de junho, quando o tema for abordado, ainda que a reunião magna esteja marcada pela apresentação dos resultados da auditoria de gestão no que concerne ao património entre 1995 e 2013. E as contas são claras na perspetiva da SAD: se Jesus, nos três anos de contrato, assegurar uma classificação mínima idêntica à que conseguiu sempre no outro lado da Segunda Circular, o segundo lugar na Liga, tal representará três entradas diretas na fase de grupos da Liga dos Campeões, sendo que a cada uma delas corresponderá, à luz dos novos prémios de participação atribuídos pela UEFA, 12 milhões de euros por época.
Ora, este é o entendimento de Bruno de Carvalho e da administração da sociedade que gere os destinos do futebol, daí que o salário anual bruto de cinco milhões de euros por ano, mais prémios por objetivos, por cada um dos três anos de contrato - que no final do mesmo podem representar um encaixe global, pelo treinador, de 18 milhões de euros -, seja visto como um investimento. Na ótica do patrão, Jorge Jesus pode começar a antecipar o retorno do investimento efetuado já em agosto, caso consiga assegurar a entrada da equipa na fase de grupos da Liga dos Campeões da próxima temporada, uma vez que o Sporting irá disputar o play-off. Isto sem esquecer a componente desportiva, com a disputa da Supertaça, também em agosto e frente ao Benfica - pode ser o primeiro troféu de Jesus em Alvalade.