Isaac Cissé abriu caminho ao triunfo do S. João de Ver por 2-1 ante o Limianos. Ia deixar Portugal, mas problema burocrático fê-lo assinar pelos malapeiros
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A vitória por 2-1 do S. João de Ver frente ao Limianos manteve bem vivo o sonho de regressar à Liga 3. Isaac Cissé, avançado contratado no verão passado ao Moncarapachense, abriu caminho ao triunfo com o 1-0 e a O JOGO falou de três pontos “muito importantes”. “Só tínhamos uma vitória e sabíamos que ganhar ao Limianos ajudar-nos-ia a manter a esperança e a fé de podermos subir. Obviamente que todos os jogos são importantes desde o início do campeonato e essa tem sido uma das nossas armas, pois temos estado extremamente focados em todos os encontros”, sintetizou.
Os malapeiros partilham agora a liderança da Série 1 da fase de subida do Campeonato de Portugal com Limianos e Amarante, todos com sete pontos, sendo que os dois últimos defrontam-se no próximo fim de semana, enquanto o S. João de Ver recebe o Pevidém, afastado desta luta. “Sabemos que é quase decisivo ganharmos ao Pevidém”, contabiliza.
Cissé chegou a Portugal em 2012/13 para jogar nos juniores do União de Coimbra, mas no ano seguinte mudou-se para o V. Guimarães, onde Rui Vitória o lançou pela equipa principal num dérbi frente ao Braga. As pernas, recorda, “tremeram” um pouco naquela tarde de 10 de maio de 2014. “Tínhamos um grupo fantástico. O Rui Vitória deu-me bastante confiança. Jogava na equipa B e de vez em quando ia ao banco da equipa A. O míster deu-me uma oportunidade no dérbi do Minho e foi um ano fantástico. Recordo o Moreno, que era o capitão, o André André... foi uma família que ganhei”, elogia.
“Fui muito bem recebido em Guimarães e hoje posso dizer que tenho lá uma família, não de sangue, mas muitos amigos que ficaram para a vida”, completa. Depois de passagens por Titus Pétange (Luxemburgo), Cinfães, Leça, Beira-Mar, Felgueiras, Paredes e Moncarapachense, o atacante pensou em emigrar de novo no defeso passado, mas a tentativa de obter a nacionalidade portuguesa fê-lo ficar. “Tive uma proposta da Liga 3, mas as negociações não correram bem. Era para ir para o Luxemburgo ou para a Arábia Saudita, no entanto, como já tinha registado os documentos para obter a nacionalidade portuguesa, fiquei. O meu empresário falou com o S. João de Ver e aqui encontrei um grupo fantástico”, enaltece. “A união do grupo é um dos fatores que está a proporcionar esta boa temporada”, comenta o autor de sete golos em 28 jogos.