Pedro Oliveira orientou o central, que foi adaptado a médio, nos sub-19 do Famalicão. Afirmação e chamada à seleção de sub-20 já se previa pela qualidade
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Gabriel Costa está a viver um autêntico conto de fadas no Feirense, onde na primeira época de sénior se estreou na II Liga e na última semana foi também chamado pela primeira vez à seleção de sub-20, tendo já participado na vitória de Portugal sobre a Chéquia (3-0). O central, de 18 anos, que deixou os sub-19 do Famalicão para continuar a carreira em Santa Maria da Feira, onde passou para médio e é treinado pelo pai, Ricardo Costa, está a ter um arranque de época acima das expectativas, segundo Pedro Oliveira, que orientou o jogador nos minhotos.
O treinador é padrinho do jovem de 18 anos, que se impôs rapidamente no Feirense, onde é treinado pelo pai, Ricardo Costa, e já leva dois golos em quatro jogos. “A impulsão e jogo aéreo sempre foram armas”.
“Já acompanho a carreira do Gabriel desde os tempos do Boavista. Ele sempre se adaptou rapidamente aos desafios. Não tinha a certeza se se iria impor e ser logo titular no Feirense, achava que iria ter mais dificuldade, até porque se adaptou a uma posição nova, antes era central e agora está a jogar a médio, mas sabia que tinha capacidade para isso, pois ele cresce com os desafios”, explicou Pedro Oliveira, que também é padrinho de Gabi. “Eu e o Ricardo já jogámos juntos desde os 10 anos e casámos com duas irmãs gémeas. Treinar o Gabi foi uma coincidência. O pessoal de Famalicão gostava muito dele. Eu já o ia perder na mesma porque ele ia para os sub-23, mas agora está a pegar de estaca num patamar superior”, avaliou.
Sobre os dois golos em quatro jogos nos fogaceiros, Oliveira assume que essa já era uma característica de Gabriel Costa. “Ele sempre teve muito golo ao longo da carreira devido ao jogo aéreo. Não é um jogador muito alto, mas como tem muita agressividade, é inteligente, percebe muito bem o jogo e, principalmente devido à impulsão, sempre marcou muitos golos de cabeça, foi também uma característica que herdou do pai”, explicou o técnico de 43 anos, salientado outros pontos fortes de Gabi. “Em termos defensivos é fortíssimo, tem uma leitura de jogo muito boa, joga simples e tem uma capacidade de trabalho incrível. É muito bom nas compensações, é um líder e ganha muitos duelos. É um Gattuso”, revelou.
Relativamente à estreia na seleção de sub-20, Pedro Oliveira já perspetivava que pudesse acontecer a curto prazo. “Nestas idades de sub-20 ou sub-21, está-se muito atento a quem tem rendimento, principalmente na I e II Ligas. A seleção tem uma abrangência muito grande, e a partir do momento que um jogador se está a destacar, a seleção faz um trabalho incrível na prospeção de talentos e está aqui a prova. Aconteceu tudo muito rápido, mas é na base do mérito. Ele é um exemplo de superação, adaptou-se bem à nova posição, não estranhou ter o pai por perto e acredito que em breve terá convites de I Liga”, destacou.