Roberto Massimo leva três golos em oito jogos e constata que a equipa do Académico de Viseu está a crescer e a melhorar desde a chegada do treinador Jorge Costa.
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Aos 22 anos, Roberto Massimo decidiu sair da zona de conforto para experimentar uma realidade diferente. O avançado deixou a Bundesliga, onde representava o Estugarda e veio por empréstimo de uma época para o Académico de Viseu, clube cujo proprietário da SAD, Mariano Maroto Lopez, tem uma relação estreita com o mercado alemão, fruto de uma parceria com o Hoffenheim.
"Apesar de jogar pela equipa principal, não tinha muito tempo de utilização no Estugarda. Havia a possibilidade de ficar na Alemanha, nomeadamente em clubes da II Liga, mas preferi ir para um país diferente, conhecer coisas novas, evoluir, e acho que vir para o Académico de Viseu foi a melhor decisão", conta Massimo a O JOGO.
Nascido no Gana, a mãe de Roberto é da Libéria e o pai tem nacionalidade italiana e alemã, país onde chegou com quatro anos e não mais abandonou até aparecer o convite português. "Falei muito com o Famana Quizera, que está no plantel desde o ano passado, assim como com o Nussbaumer, o Domen Gril, e todos me falaram bem do clube e ajudaram na integração. Além destes, convivo muito com o Soufiane Messeguem, que também reforçou a equipa este ano", explicou o avançado que em oito jogos já leva três golos, tendo superado os que marcou no Estugarda em 19 jogos (dois), na temporada anterior.
"Este arranque está a surpreender-me um bocado. O objetivo é fazer o maior número de jogos, embora já não consiga fazer todos por ter falhado alguns por lesão, mas vou tentar fazer o máximo, ajudando com assistências e golos para tentarmos ficar nos lugares cimeiros. A equipa é praticamente nova, mas tem muita qualidade", definiu o internacional sub-21 alemão, que não é chamado à seleção desde novembro e que pretende voltar às escolhas para o Europeu"2023, a disputar na Geórgia e na Roménia.
Sobre a evolução dos viseenses, que começaram mal a época e já vão no terceiro treinador, o jovem dianteiro está satisfeito com o trabalho desenvolvido por Jorge Costa. "Assim que veio o novo treinador só perdemos o primeiro jogo. Estamos no bom caminho, ganhámos alguns jogos, estamos a praticar um bom futebol, temos um plano e sabemos o que fazer dentro de campo. A exigência aumentou e sinto que Jorge Costa transmitiu confiança e segurança ao grupo", expôs Massimo.
Mario Gómez foi "professor"
Além do Académico de Viseu, Massimo só teve mais dois clubes na carreira, o Arminia Bielefeld e o Estugarda. Tendo passado quatro épocas neste último, ao qual ainda está ligado contratualmente, o avançado, que não se atrapalha a jogar em qualquer das três posições da frente de ataque, destaca o convívio com o internacional Mario Gómez, avançado já retirado que venceu a Champions, o campeonato turco e todos os títulos na Alemanha. "Cheguei ao Estugarda com 18 anos e ser colega de equipa de Mario Gómez fez com que aprendesse muito. Lá também joguei com outros internacionais, casos de Gonzalo Castro [Alemanha], Endu Wataru [Japão], Borna Sosa [Croácia], entre outros", sublinhou Massimo, acrescentando que "a velocidade, o drible e o ataque à profundidade" são os seus pontos fortes e revelando que gosta de jogar "nas três posições do ataque, embora prefira ser 9".
A terminar, deixou elogios a Tiago Tomás, companheiro no Estugarda em 2021/22. "Ajudou-nos muito a garantir a permanência. É extremamente rápido e bom de bola. Gostei muito dele e ficamos amigos".
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