UM A UM - Análise ao desempenho dos jogadores do Braga, que ontem, quinta-feira, venceram o Wolverhampton (0-1), em Inglaterra, em partida da Liga Europa.
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BRAGA UM A UM: OS CAÇADORES GALENO E HORTA
Matheus 6
Em noite inspirada, revelou-se um interessante quebra-cabeças para os atacantes da equipa inglesa. Muito atento aos cruzamentos, fez defesas de alto nível.
Esgaio 6
Mais comedido do que é habitual a explorar o flanco direito, não deixou de alimentar o ataque, ora através de lançamentos, ora com bons cruzamentos.
Bruno Viana 7
Comandou com classe a defesa, surgindo quase sempre no sítio certo, a varrer onde era preciso. Controlou bem, na medida do possível, Cutrone e Jiménez.
Pablo Santos 5
Alternou boas intervenções com outras menos felizes, complicando aquilo que parecia ser fácil. Foi subindo de rendimento ao longo da partida.
Sequeira 6
Um lutador do princípio ao fim, sem poupar nos esforços e na velocidade. Perdeu algum fulgor depois de ter visto o cartão amarelo.
Palhinha 7
Intratável nas manobras defensivas e com uma eficiência impressionante. Foi um travão constante para o adversário, distribuindo jogo com simplicidade.
Fransérgio 5
Sem o deslumbre de outros jogos, foi salpicando o relvado de surpresas, sempre de olho no alvo. A pontaria é que não ajudava.
André Horta 6
De volta à titularidade, conferiu grande dinamismo ao meio-campo dos arsenalistas, entregando-se de corpo e alma ao trabalho defensivo sempre que a bola estava na posse do adversário.
Ricardo Horta 8
O poder de fogo deste Horta parece não ter fim. Foi o que se viu na melhor das oportunidades, a passe de Galeno. Não perdoa, mesmo quando nem tudo sai com a perfeição constante de outros jogos.
Paulinho 6
Incansável. Entalado por três valentes centrais, nunca se encolheu e até arranjou forma de atirar, em golpes de cabeça.
Francisco Trincão 5
Trouxe vivacidade ao corredor direito, impedindo a subida em bloco do Wolverhampton no terreno.
João Novais 5
Integrou-se bem na linha média, acrescentando ao sector capacidade de remate, de meia e longa distância.
Murilo 5
A gazela do costume. Compensou o desgaste de alguns companheiros.
A FIGURA
GALENO 8
Encostado parcialmente ao flanco direito, Galeno encheu o campo, perfumando o relvado de lances geniais, polvilhados por desconcertantes mudanças de velocidade. Foi o cabo dos trabalhos para a defesa do Wolverhampton, não espantando ninguém quando conquistou uma bola a meio-campo para abrir alas para o golo de Ricardo Horta, num lance em velocidade em que pareceu ter tempo para tudo. Os craques são assim mesmo: transformam segundos numa eternidade para executarem tão bem como pensam.
Portugueses do Wolverhampton: Neves foi um senhor canhão
Rui Patrício 6
Com o radar bem ligado, o internacional português tratou de anular uma mão-cheia de cruzamentos para a área, poupando os companheiros da defesa a algum trabalho. Seguro entre os postes, fez os possíveis por manter a baliza inviolável, mas não teve qualquer hipótese na bomba colocada de Ricardo Horta.
Rúben Neves 7
O Wolverhampton começa a ser pequeno demais para tanta qualidade. Eficiente no passe e muito imprevisível nas ações ofensivas, o médio ex-FC Porto parecia levar a equipa às costas, fazendo dos disparos de longe uma impressionante vulgaridade. No final do jogo, as luvas de Matheus deveriam escaldar.
João Moutinho 6
Saltou do banco para acrescentar alguma clarividência à equipa e o médio fez realmente por isso, tentando fazer a diferença nos chamados lances de bola parada. Por entre cantos e livres, fez os possíveis por simplificar os caminhos para a baliza do Braga, mas o rumo do jogo não ajudava e os níveis de ansiedade dos companheiros também contrariavam as intenções deste centrocampista que, apesar de já não entrar em correrias loucas, tem sempre algo de especial para tirar da algibeira.