Apreciação individual aos jogadores do Braga no encontro da primeira mão dos oitavos de final da Liga Europa, que terminou com o triunfo minhoto por 2-0.
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Matheus 8
Foi determinante a segurar a vantagem com três belas defesas que tiraram golos a Ben Yedder, Vanderson e Gelson Martins. Aos 67", ainda evitou que Paulo Oliveira marcasse na própria baliza. Quando falhou, a defesa ajudou.
Fabiano 8
Cresceu ao longo da partida. Mostrou-se à altura do melhor momento do Mónaco e quando ocupou o lado direito da defesa pôde fazer a diferença com o cruzamento perfeito para o golo de Vitinha.
David Carmo 7
Alguns sobressaltos foram compensados com uma segunda parte irrepreensível do central que, aos 73", surgiu no caminho de uma bola perigosa de Gelson Martins e, a dez minutos do fim, desviou para canto uma saída em falso de Matheus.
Tormena 7
Os piores momentos da defesa, no primeiro tempo, foram salvos pelo fora de jogo que anulou dois golos ao Mónaco e pela eficiência de Matheus, mas a etapa complementar devolveu a lucidez ao central a tempo de aguentar a carga francesa.
Yan Couto 7
Enquanto o jogo e o adversário lho permitiram, foi um lateral-direito atrevido, como gosta, a forçar o erro dos defesas, de olhos no golo. Quando foi preciso, ajudou a segurar a vantagem.
Al Musrati 8
Dizer que fez um grande jogo é redundante, porque esse é o nível habitual do médio-defensivo, que ontem até surgiu a tentar o golo, corajoso e sólido em todos os momentos de uma partida muito exigente. Dir-se-ia imune até ao mau tempo.
André Horta 7
Ajudou ao ritmo imposto pelo Braga no arranque e que valeu um golo bem cedo, em combinações promissoras que mantiveram a equipa sempre muito perto de aumentar a vantagem que tratou de defender, quando o adversário também quis mandar no jogo.
Iuri Medeiros 7
Aos 7", Nubel negou-lhe o golo. Persistente, manteve-se como um foco de perigo e voltou a estar perto de festejar, aos 32" e aos 39", imperturbável perante os sinais de perigo que o adversário deixava.
Abel Ruiz 7
Pôs termo a um jejum de mais de três meses, com o terceiro golo da época e destacou-se pela forma solidária como contribuiu para o volume ofensivo da equipa.
Ricardo Horta 7
Andou perto do golo, como os demais elementos do ataque, e ainda foi importante a servir os companheiros no assédio à baliza de Nubel.
Vitinha 8
Tem só 21 anos, mas a matreirice e a combatividade dele não conhecem idade e, antes do cabeceamento perfeito para o 2-0, tratou de se impor na luta de nervos, num "tête à tête" com Badiashile que valeu a ambos um sermão do árbitro. A luta com Abel Ruiz encanta.
Moura 6
Ocupou bem o flanco esquerdo (Rodrigo Gomes passou para o lado direito do ataque) quando foi preciso refrescar e reorganizar o onze.
Paulo Oliveira 6
Quase marcou na própria baliza, mal entrou, mas aguentou-se.
Castro 6
A energia dele fez bem à equipa, que tratou de empurrar para o segundo golo.
Miguel Falé 6
Mais uma boa aposta na hora de renovar a energia para ir atrás de um final perfeito.
A FIGURA
Rodrigo Gomes: 8
A insuperável leveza dos 18 anos
Rodrigo Gomes tem apenas 18 anos e um sorriso que iluminou a Pedreira, ontem, quando, mesmo sem ter marcado - haveria de andar pertinho, mas Nubel foi melhor e roubou-lhe a noite perfeita -, precipitou o Braga para a vantagem no marcador. Foi ele quem, aos 3", avançou pelo corredor esquerdo e ganhou o canto de cuja ressaca ele próprio haveria de inventar a assistência para o golo de Abel Ruiz. Foi o princípio de 45 minutos de pesadelo para a defesa do Mónaco, incapaz de suster a ligeireza com que o miúdo encara o jogo, uma ousadia contagiante a cativar a bancada e os companheiros, que nem hesitaram em canalizar o jogo para ele.