Braga tem três metas à vista e este é o onze provável para o duelo com o Mónaco
O Braga poderá superar, pela primeira vez, uma equipa da liga francesa. Como visitante, nunca ganhou ou fez golos
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O livro de marcos históricos do Braga, em andanças europeias, poderá avançar um pouco mais na segunda mão com o Mónaco, a contar para os oitavos-de-final da Liga Europa.
Numa cidade-estado célebre pelo luxo e por ser palco de uma das provas mais importantes do calendário da Fórmula 1, os minhotos arrancam para o reencontro com os monegascos a gerir uma vantagem de dois golos sem resposta na Pedreira e, mais do que nunca, estão numa situação privilegiada para superar, pela primeira vez, uma equipa da liga francesa numa eliminatória da UEFA, depois de terem sido derrotados pelo Paris Saint-Germain nos oitavos-de-final da Taça UEFA (0-0 fora e 0-1 em casa), em 2008/09, e pelo Marselha nos 16-avos-de-final da Liga Europa (3-0 fora e 1-0 em casa), em 2017/18.
Pelo meio, em jogo da fase de grupos da Liga Europa (2015/16), os bracarenses, com Paulo Fonseca, já haviam sido derrotados fora de casa pelo Marselha (1-0), pelo que ainda procuram o primeiro golo e a primeira vitória fora de casa, diante de formações gaulesas.
Esta é também a segunda vez que o Braga gere uma vantagem de dois golos numa eliminatória europeia e deu-se bem na primeira ocasião, em 2006/07, precisamente sob o comando de Carlos Carvalhal, ainda que com muita emoção à mistura.
Aconteceu frente ao Chievo, com Wender a carimbar a passagem à seguinte da Taça UEFA já no prolongamento da segunda mão (104 minutos), depois de a formação italiana ter reposto a igualdade no conjunto das duas mãos. "Foi a partir daí que o Braga começou a afirmar-se na Europa. O Chievo era um adversário matreiro e muito consistente, mas o Carvalhal fez-nos acreditar que era possível, apostando numa boa vantagem na primeira mão. Em Itália, sofremos dois golos, mas o treinador nunca deixou de passar confiança e armou a equipa no sentido de chegarmos ao golo em movimentos de contra-ataque", recordou Wender, que, já na primeira mão (2-0), havia apontado um golo.
De uma ponta à outra da equipa que alcançaria, pela primeira vez, uma fase de grupos, tanto havia qualidade como experiência. "Tínhamos o Paulo Santos na baliza, o Nem na defesa, o Hugo Leal e o João Pinto no meio-campo e o Zé Carlos no ataque, entre outros. Lidávamos bem com a pressão", assinalou o ex-jogador, certo de que com "uma equipa muito diferente" o Braga será capaz de alcançar um novo apuramento no Mónaco.
"O treinador tem lançado muitos miúdos com qualidade. Isso reflete o bom trabalho da academia, mas eles precisam de jogos competitivos para crescer. Aliás, jogando na montra da Liga Europa, vão valorizar-se muito", estimou Wender.
O lastro de jogos do Mónaco frente a equipas portuguesas não é, de resto, famoso. Contabilizando a derrota sofrida na Pedreira há uma semana, a equipa do Principado perdeu seis dos 10 jogos que disputou contra equipas portuguesas e a mais dolorosa aconteceu na final da Liga dos Campeões de 2004, em Gelsenkirchen, diante do FC Porto (3-0).
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Onze provável do Braga: Matheus; Fabiano, David Carmo e Tormena; Yan Couto, Al Musrati, André Castro e Rodrigo Gomes; Iuri Medeiros, Vitinha e Ricardo Horta.