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AFP
Dois jogos com os arsenalistas ficaram marcados por uma taxa de acerto na baliza de apenas 17,7%. Nenhum dos rivais baixou dos 20% na Liga. Dragões dispararam por 34 vezes nos dois encontros com os bracarenses, com Vitinha a destacar-se como o principal atirador (oito) e o que mais acertou com a baliza (três). Mas só Luis Díaz bateu Matheus...
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Apontado por Sérgio Conceição com um dos fantasmas do FC Porto no passado, a falta de pontaria voltou para assombrar a equipa com o Braga, e não apenas nesta jornada.
Na autópsia ao primeiro desaire dos dragões ao fim de 58 jornadas, é impossível não dar de caras com o desacerto ao nível do remate, traduzido numa percentagem de acerto na baliza de 17,7 por cento.
O valor foi comum aos jogos da primeira e da segunda volta com os arsenalistas, em que os portistas dispararam por 17 ocasiões e só acertaram no objetivo em três delas.
Em nenhum outro encontro do campeonato registaram um número tão baixo, mesmo naqueles em que gozaram de menos oportunidades para atirar à baliza, como sucedeu no empate (1-1) com o Sporting, em Alvalade [ver infografia].
A diferença nos dois desafios com os bracarenses esteve em Luis Díaz, que, no Dragão, marcou ao segundo dos três remates que efetuou. Anteontem, porém, já não havia o colombiano para resolver e todo os tiros foram de pólvora seca.
Tal como na primeira volta, Vitinha foi o que mais tentou (quatro), mas só acertou no alvo por uma vez - na primeira volta tinha sido bem-sucedido em duas -, tantas como Taremi (três disparos) e Pepê (um remate).
Nem com o aparecimento de mais atiradores (dez) do que na volta inicial (oito) os azuis e brancos tiveram capacidade para bater Matheus no domingo, dia em que ficaram em branco pela primeira vez nas provas nacionais.
O volume de jogo criado pelo FC Porto gera mais situações de remates do que a maioria, mas os encontros com os bracarenses foram mesmo os únicos dos três primeiros classificados em que se verificou uma taxa de acerto na baliza inferior a 20 por cento.
O pior registo do Sporting neste capítulo ficou associado à vitória (2-0) com o Belenenses, em que apenas seis dos 23 disparos (26,1%) efetuados levaram a direção da baliza.
No caso do Benfica, a taxa mais baixa (20%) surgiu no triunfo (2-1) com o Portimonense, quando as águias visaram a baliza apenas por três ocasiões em 15 tentativas.
A título de curiosidade, refira-se que o pior que o Braga fez foi... no Dragão, de onde saiu com zero remates no alvo (em sete tentados).

