Stojiljkovic chegou a Portugal para defender as cores do Braga e ganhou logo uma Taça de Portugal. Torce por nova conquista dos guerreiros e por acesso à Champions, embora o Boavista, onde também jogou, possa complicar as contas... E o sérvio não esquece mesmo os adeptos axadrezados.
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Nikola Stojiljkovic, agora com 30 anos, foi o grande goleador da 2ª Divisão Saudita, contribuindo para a subida do Al Riyadh. O antigo avançado do Braga e Boavista está atento à reta final de Campeonato em Portugal.
"Jogos entre Braga e Boavista são um bocado quentes, têm sempre rivalidade. Espero que o estádio fique cheio, é normal no Bessa. O Boavista não precisa tanto do jogo, está tranquilo no meio, já o Braga precisa de segurar o terceiro lugar e o acesso à Champions. É um jogo muito importante para eles, porque têm conseguido só presenças na Liga Europa", sublinha.
"Que seja um bom jogo e com ótimo ambiente, não posso torcer por ninguém, espero que estejam as duas equipas satisfeitas no final da época. O Braga merece jogar a Champions até pelo crescimento dos últimos anos", atesta Stojiljkovic, que teve o Braga como primeiro clube em Portugal, chegando em 2015/16 para vencer logo a Taça de Portugal como suplente utilizado frente ao FC Porto.
"No meu primeiro ano conseguimos vencer a Taça depois de 50 anos, foi algo bonita, a segunda do clube. Agora vai jogar outra final com o FC Porto, espero que ganhe a quarta. É um jogo muito especial e com uma carga diferente por ser no Jamor. Foi uma grande época, também fizemos ótima Liga Europa, entre os oito melhores", destaca o sérvio, então contratado ao Cukaricki, fazendo 15 golos em 46 jogos na primeira temporada em Portugal.
"Eu não sabia falar português na primeira época mas tudo correu bem, um troféu, boa Liga Europa, muitos pontos no Campeonato e consegui entrar na seleção. Foi um ano especial, a segunda época foi ao contrário, falharam-se várias metas", explica Stojiljkovic, marcado pelas panteras, apesar de uma temporada apagada no Bessa.
"No Boavista fui bem aceite e fizemos grande época até dezembro, depois veio a pandemia e foi diferente. Jogar pelo Boavista com adeptos ou sem adeptos não é nada comparável. Não conseguimos nada de especial, eu também não, mas senti-me muito bem no clube. E a minha filha nasceu nessa época", relata o avançado.
"Os adeptos do Boavista são diferentes, em Braga há uma cidade que apoia o clube mas o Boavista é de uma pequena parte da cidade do Porto e aí são muito boavisteiros. Eles conseguiram ganhar um campeonato e têm uma grande história. Podem ter hoje menos adeptos mas aqueles que têm são muito apaixonados, são aqueles que ficaram apesar dos problemas. É uma ligação muito forte, parece que querem ganhar mais do que nós, mostram essa raça", elogia, invocando essa força suprema das bancadas: "Nós sentíamos que eles querem voltar a ser campeões, isso não era normal. Sentem mais o clube que noutros lados, o ambiente é bonito, faz-se muito barulho no estádio. Mas não me posso queixar de Braga, senti-me sempre acarinhado", revela o sérvio, lembrando da passagem pela Pedreira o único colega que permanece da vitória na Taça de Portugal de 2015/16.
"Estava o Matheus, não jogou a final, foi o Marafona, que até esteve muito forte nos penáltis. Mas o Matheus é um grande guarda-redes, uma boa pessoa e um profissional tremendo. Tem já vários troféus em Braga, espero que consiga somar mais uma Taça. Já não o vejo a sair do clube, tornou-se uma lenda e um dos melhores de sempre", completa Stojiljkovic, esperando jogar na 1ª Divisão da Arábia Saudita com o Al Riyadh ou outro clube, até para contactar de perto com a nova ordem de craques comandada por Cristiano Ronaldo.
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