Médio não joga desde que foi titular na Taça de Portugal, contra o 1.º Dezembro. Carvalhal já disse que o grande desafio do jogador “é a competitividade”. O novo sistema tático roubou-lhe ainda mais espaço na equipa, porque Ricardo Horta deixou as alas para se fixar como médio-ofensivo, no apoio ao ponta-de-lança.
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Reforço do Braga para esta temporada, Guitane surgiu na Pedreira com elevadas expectativas, mas demora a impor-se e desapareceu das contas. Nos últimos quatro jogos nem sequer foi convocado, contra o Sporting, Leixões, Hoffenheim e Aves SAD, depois de não ter saído do banco contra Bodo/Glimt, Farense, Arouca e Elfsborg.
A última aparição do médio argelino, de 25 anos, aconteceu há mais de um mês, no jogo da Taça de Portugal, contra o 1.º Dezembro. Nessa altura, no passado dia 19 de outubro, até foi titular, mas saiu aos 75 minutos. Esse foi apenas o terceiro desafio que realizou ao serviço do Braga, depois de ter jogado de início contra o Maccabi Telavive (saiu ao intervalo) e de ter entrado aos 88 minutos frente ao FC Porto, no Estádio do Dragão. Uma escassa utilização para quem prometia tanto, depois do bom desempenho que teve em Portugal, no Marítimo e no Estoril.
Numa equipa com sobrecarga de jogos, Guitane desapareceu das opções e nem mesmo na Taça de Portugal teve minutos. Na véspera do jogo contra o Leixões, Carlos Carvalhal justificou a ausência do médio, deixando claro que o grande desafio do jogador “é a competitividade”. “Tem feito um esforço grande para aumentar os seus índices de competitividade, porque em qualidade é excecional. Tem de continuar a trabalhar. Vamos olhando para o jogador, e quando entendermos que deve jogar, jogará. Se não estiver à altura das exigências, terá mais dificuldades”, frisou o treinador.
Com a equipa a ganhar e a maioria dos jogadores cada vez mais confortáveis no 3x4x3 implementado por Carvalhal, Guitane perdeu espaço. Isto porque, com Roger na ala direita e Gabri Martínez na esquerda, o lugar como médio-ofensivo, onde o argelino poderia aparecer, está ocupado por Ricardo Horta.
Guitane terá mesmo de aumentar os níveis de competitividade para voltar às opções, até porque, na posição, o treinador do Braga conta ainda com Gharbi, outro prodígio que também procura espaço como titular.
Certo é que a época é longa e, a menos que janeiro dite outro destino, Guitane terá tempo para convencer a SAD arsenalista para contratá-lo em definitivo. O médio chegou na condição de emprestado pelo Estoril até ao final da temporada, estando contemplada uma cláusula de compra, não vinculativa, de cinco milhões de euros.