Braga com apetite de tubarão: há 33 anos que não se viam tantos golos

Marcar 17 golos nos quatro primeiros jogos do campeonato, registo que vale ao Braga a liderança, ainda que provisória, não é nada comum, sendo necessário recuar 33 anos para se encontrar um rendimento semelhante no principal escalão português.

Com os seis remates certeiros conseguidos perante o Arouca, a equipa de Artur Jorge igualou a marca alcançada pelo Benfica na época 1989/90 (1-1 com o Vitória, 5-0 ao Beira-Mar, 4-1 ao Nacional e 7-0 ao Penafiel).

Para lá de Banza ser, nesta altura, o melhor marcador do campeonato, com cinco golos, a tempestade ofensiva do Braga deixa também à vista um amplo leque de recursos à disposição de Artur Jorge, dado que, em quatro jornadas, há registo de dez marcadores de golos diferentes. Além de Banza, Vitinha, Abel Ruiz, Ricardo Horta, Rodrigo Gomes e Iuri Medeiros, jogadores que normalmente atuam em zonas de finalização, também os defesas Niakaté e Sequeira e o médio Castro já marcaram, juntando-se a esta lista alargada o mexicano Diego Lainez.

E se impressionam os 17 golos apontados em quatro jornadas, que dão uma média de 4,25 por partida, as tarefas defensivas do Braga também estão em destaque. Depois dos três golos sofridos no jogo com o Sporting, na ronda inaugural, Matheus não encaixou mais nenhum. O dérbi minhoto com o Vitória, no sábado, vai colocar à prova a segurança defensiva dos arsenalistas, com pouco paralelo quando é comparada com as principais ligas europeias. Só o Brighton, em Inglaterra, e o Bétis, em Espanha, ambos com um golo sofrido, mais o Bayern, na Alemanha, com dois, conseguem melhor do que os bracarenses em termos defensivos. Nos pontos, só Arsenal chega à quinta jornada com melhor rendimento do que o Braga (o Benfica só hoje acerta calendário), com 12, embora com menos golos marcados (11) e os mesmos sofridos (três). De resto, só uma equipa dos cinco principais campeonatos marca mais golos do que os arsenalistas: PSG com 18.