Declarações de Rafael Bracali, guarda-redes do Boavista, à margem de um treino aberto à comunicação social, no complexo anexo ao Estádio do Bessa, no Porto.
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O Boavista tem de entrar com consistência em 2022/23 para evitar as trocas técnicas no decurso da temporada, padronizadas desde a admissão administrativa do clube na I Liga, em 2014/15, alertou esta terça-feira o futebolista Rafael Bracali.
"Uma primeira volta bem feita dá-nos tranquilidade e segurança para pensar em objetivos maiores na segunda. Se conseguirmos fazer isso, provavelmente não vai haver troca de treinadores, mas isso é muito responsabilidade dos jogadores. Se desde já colocarmos isso na cabeça como objetivo e desafio, temos tudo para chegar ao fim da temporada e colher bons frutos", admitiu o guarda-redes brasileiro aos jornalistas, à margem de um treino aberto à comunicação social, no complexo anexo ao Estádio do Bessa, no Porto.
O Boavista alterou sempre uma vez de treinador nas últimas sete épocas, em contraste com 2014/15, quando o atual técnico Petit acompanhou o clube na subida direta a partir do terceiro escalão nacional e foi o último a realizar uma edição inteira do campeonato.
"Ganhámos com a sua continuidade, porque o Petit já conhece a casa e boa parte deste plantel. Isso é uma vantagem face às outras épocas, em que existiram tantas mudanças de um ano para o outro e não conseguimos ter um plantel tão bem composto desde o início. Isso já se nota agora com uma boa base que vem de 2021/22 e com o Petit, que consegue fazer a pré-época inteira antes do início do campeonato", valorizou o capitão.
A caminho da quinta época consecutiva no Bessa, Rafael Bracali frisa a necessidade de transmitir a "história e a exigência do clube" aos quatro reforços, na perspetiva de que possam estar "mais próximos do sucesso nas partidas se derem o máximo nos treinos".
"Temos de ter ambições e a cada temporada tentar fazer melhor do que na anterior. Em 2021/22, conseguimos chegar à final four [da Taça da Liga]. No futuro, é óbvio que o Boavista quer voltar a disputar finais e, quem sabe, chegar a uma competição europeia, porque acostumou os seus adeptos a estar lá. Temos de trabalhar para que ao fim de 34 jornadas [da I Liga] olhemos para trás e tenhamos atingido um desses objetivos", notou.
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O "guardião" brasileiro já distingue "um bom espírito" no plantel ao fim de uma semana de trabalho e mostra a "mesma ambição e vontade de sempre" ao serviço do Boavista, pelo qual se tornou recordista de jogos seguidos na elite (104) e renovou contrato até 2023.
"A responsabilidade é a mesma. Claro que tenho de ter cuidados, como sempre os tive, nos aspetos físicos e mentais e na parte da alimentação, treino, descanso e sono, para que consigamos estar no nível máximo de excelência e de desempenho que o Boavista exige. Por isso é que vou durando e é nisso que tenho de estar preocupado. Enquanto "capitão", tento ajudar os novos jogadores que chegam e quem já estava cá para irem mantendo a mesma ambição, porque estamos a representar um grande clube", vincou.
O Boavista, 12.º colocado na edição 2021/22 da I Liga, tem a estreia oficial em 2022/23 prevista para o fim de semana de 6 e 7 de agosto, com uma deslocação ao Estádio Municipal de Portimão para encarar o Portimonense, na ronda inaugural do campeonato.
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