Avançado do Boavista acredita que pode permitir um importante encaixe financeiro aos axadrezados, mas mostra-se tranquilo, porque tem consciência de que realizou “grande época”
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Grato, Bozenik quer retribuir tudo aquilo que o clube lhe tem dado. “O Boavista ajudou-me muito, deu-me espaço para crescer e muita confiança. Sem isso não teria evoluído, nem marcado golos. Sei que é a minha vez de ajudar o Boavista, através de uma transferência que pode proporcionar um bom encaixe financeiro. Neste momento, estou totalmente concentrado na seleção nacional”, declarou o avançado ao jornal eslovaco “Dennik Sport”.
Bozenik esteve para sair em janeiro, tendo mesmo feito exames médicos em Sevilha, mas a transferência acabou por ser abortada sobre a meta. Algo que não abalou o rendimento do ponta-de-lança, que continuou empenhado em ajudar a equipa. “Pode ser que não tenha dado certo no inverno para que algo ainda melhor aconteça no verão. Veremos... Estou calmo e positivo, fiz uma grande época”, salientou o internacional eslovaco, um dos jogadores mais queridos pelos boavisteiros.
Autor de 10 golos e duas assistências, Bozenik é um dos jogadores do Boavista com mais mercado. “Sei que há clubes interessados, mas não vou revelar quais. Estou contratualmente ligado ao Boavista. Portanto, é necessário compreender os interesses do meu clube, que também pode imaginar, nas negociações, que o meu preço poderá subir durante o Euro’2024”, lembrou o avançado, que continua a preparar a fase final da prova.
Na memória de Bozenik estão ainda as emoções da última jornada do campeonato e o penálti convertido por Reisinho, no último minuto, contra o Vizela. “Inacreditável... Foi incrível! Entrar num jogo sabendo que só se precisa de um ponto é muito traiçoeiro. O Vizela já estava despromovido e os seus jogadores não estavam sob pressão. Sentimos que o nosso adversário estava motivado”, recordou, reconhecendo que tudo se complicou quando o Vizela marcou o segundo golo. “Em determinados momentos, deixei de acreditar que ainda podíamos empatar. Ficou provado que o Deus do futebol pode ser justo”.
Bozenik não esconde a felicidade ao ver que Reisinho foi compensado no sacrifício que fez. “Apesar de não estar na lista de batedores de penáltis, marcou. Ele passou por um período mentalmente difícil, pois quase não jogou nos últimos dois anos devido a lesões. No entanto, assumiu a responsabilidade e mereceu aquele momento. Não lhe disse nada, apenas fiz figas e posicionei-me de forma a ter a oportunidade de chegar primeiro à bola, caso o guarda-redes defendesse para a frente”, justificou.