Bas Dost corre atrás de Messi pelo calçado áureo. Os antecessores que lá chegaram de leão ao peito faturaram sempre ante o Belenenses, mas o holandês pode fazê-lo nas duas voltas.
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A dois golos de Lionel Messi na corrida para a Bota de Ouro, Bas Dost encara o Belenenses em mais uma etapa na disputa. Para continuar firme e a ameaçar o astro do Barcelona, o finalizador do Sporting e artilheiro mor da I Liga (31 golos na I Liga) tem de fazer, ou antes, voltar a fazer golos ao Belenenses, à imagem do que foi apanágio dos leões seus antecessores na posição... e que calçaram ouro no final da época: Hector Yazalde e Mário Jardel.
Em 1973/74, com Portugal a viver uma liberdade pintada de fresco, Yazalde atingiu a marca nunca antes atingida ou depois superada de 46 tentos num só Campeonato Nacional. Em tão concretizadora campanha, não faltou um golo ao rival lisboeta do Restelo, à passagem da quarta jornada. Na goleada por 4-1, o internacional argentino fez o seu e seguiu fulgurante até à Bota de Ouro final. Vinte e oito anos depois, Mário Jardel chegou aos 42 na Liga e só enfrentou a formação da Cruz de Cristo à passagem da ronda 19 - o internacional brasileiro só se estreou pelo Sporting na jornada 4, em Leiria, e os verdes e brancos haviam sido goleados no Restelo, no segundo compromisso do campeonato. Porém, quando foi hora de os azuis se deslocarem ao velho Alvalade, depararam-se com a força goleadora de SuperMário, que se encarregou de fazer os dois únicos golos do dérbi.
Porém, caso consiga o grande objetivo individual de calçar a mais desejada das botas, Bas Dost pode cometer a façanha de ser o único leão a cometer essa proeza, mas a incluir golos à formação belenenses nas duas voltas da Liga - já marcou no Restelo. Os azuis, já se sabe, vão continuar a combater a maldição: não vencem fora o Sporting na Liga há quase 63 anos!