Frente ao Braga, o conjunto orientado por Bruno Lage apenas acertou três em dez tiros à baliza arsenalista. Só com o FC Porto, na Luz, e Moreirense, fora, foi ainda menos certeiro
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A derrota frente ao Braga, seguida ontem do triunfo do FC Porto sobre o V. Guimarães, deixou o Benfica apenas com um ponto de vantagem na liderança da I Liga.
Os encarnados tiveram 121 perdas de bola diante da turma de Rúben Amorim
Apesar dos dois desaires consecutivos no campeonato, Bruno Lage quer uma equipa "sem qualquer tipo de medo" no próximo jogo e "a criar o volume de oportunidades" idêntico ao desafio de sábado. Contudo, para voltar a somar os três pontos, o Benfica terá de aumentar a eficácia na hora de rematar à baliza. Isto porque diante dos arsenalistas a formação encarnada apenas acertou por três vezes no alvo, registando o seu terceiro pior desempenho esta temporada no que diz respeito a jogos na I Liga.
Só mesmo frente a FC Porto, na Luz, e Moreirense, fora, o conjunto de Bruno Lage teve uma eficácia inferior quanto a remates à baliza. E se no clássico da primeira volta não atirou sequer uma vez ao alvo, em três disparos, na visita a Moreira de Cónegos contabilizou 26,7 por cento dos remates na baliza (dois golos e duas bolas defendidas em 15 tiros), numa partida na qual as águias deram a volta ao marcador e conquistaram os três pontos.
Diante do Braga, o Benfica teve apenas 30 por cento de eficácia no alvo, sendo que a pontaria até melhorou com o aproximar do final: os três tiros à baliza foram nas últimas quatro tentativas.
O registo na receção aos minhotos ficou bem longe do que sucedeu na Pedreira: na primeira volta fez sete remates certeiros à baliza, com cinco defendidos e dois golos (além de dois autogolos). Esta eficácia de 77,8 % foi apenas batida pelos 85,7% ante o Portimonense, na Luz, e 80% com o V. Guimarães, no Minho. No sábado, o Braga, por seu lado, teve um registo bem superior, disparando de forma enquadrada em 58,3% das 12 tentativas.
Estes números mostram a ineficácia da qual Bruno Lage falou para explicar a derrota. No entanto, apesar de o técnico ter destacado a "exibição sólida" da sua equipa, o Benfica, que até teve mais recuperações do que os arsenalistas (83 contra 77), terminou, ainda assim, com alguns registos negativos. Só diante do FC Porto, no Dragão, contabilizou menor eficácia nos passes para o último terço (60,6% para os 59,1% do clássico), tendo também o terceiro pior registo no que diz respeito ao passe (acertou apenas 79,3% dos passes), apresentando 121 perdas de bola; só com o Santa Clara (135) teve mais.
Derrota como castigo pela terceira pior eficácia da época
Em branco após 27 jogos a marcar
Comandado por Rúben Amorim, o Braga impôs o terceiro jogo a zeros ao Benfica esta época. Apesar de até ter visto as águias fazerem o segundo melhor jogo no que diz respeito a duelos ganhos no ataque (51,3 por cento ganhos, só batidos pelos 52,6% com o Santa Clara), a formação bracarense travou o ataque encarnado, que marcava há 27 partidas consecutivas.
A última tinha sido também ante minhotos, com o V. Guimarães, para a Taça da Liga, numa partida que terminou num 0-0. Curiosamente, o campeão nacional apenas ficou em branco em 2019/20 no seu reduto: o terceiro jogo sem faturar foi diante do FC Porto, no 0-2 para a I Liga.
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