Filipe Amorim/Global Imagens
Guarda-redes azeri foi suspenso por três jogos depois de ser expulso para lá do apito final do encontro entre Benfica e Boavista.
O Boavista reagiu esta quarta-feira à suspensão de três jogos imposta a Kamran Agayev, guarda-redes que foi expulso após o apito final do jogo com o Benfica, por se envolver numa acesa discussão com alguns jogadores do Benfica.
"Vêm o Boavista Futebol Clube e a Boavista FC, Futebol, SAD, para os devidos efeitos, e tendo esta última sido hoje [quarta-feira] notificada da suspensão por 3 jogos do seu jogador Kamran Agayev, manifestar a sua mais profunda indignação face ao em nosso entender desmedido número de jogos de punição. Com efeito, qualquer espetador normal do futebol nacional e das suas diversas provas assistiu nas últimas semanas pela televisão a diversas situações de confusão e altercação durante, no intervalo e após diversos jogos, sem que qualquer jogador de qualquer clube fosse suspenso, fossem eles protagonistas ou provocadores das situações", começa por apontar o clube axadrezado, através de um comunicado publicado no site oficial e no Facebook.
De seguida, o Boavista assegura sentir-se "discriminado" face à atitude tomada em relação a Agayev, reconhecendo, no entanto, a postura inadequada de Agayev:
"Pois bem, qual o ÚNICO clube que viu até agora jogadores suspensos por este motivo? O Boavista! Isto são factos, que evidenciam uma clara, manifesta e indigna postura relativamente a esta instituição centenária, que em nada dignifica os órgãos decisores nem o futebol nacional, pela discriminação que evidenciam, e que nos afetaram desportivamente de forma grave e em nosso entender ilegitimamente. Mas se alguém pensar que por esta via da injustiça nos vão afetar ou calar, enganam-se. Vamos continuar a percorrer o nosso caminho de independência e trabalho árduo, continuando passo a passo e com realismo a crescer sustentadamente, com respeito por todos e sem espetáculo público, mas sem nos vergarmos a ninguém. (...) Quanto à situação em concreto, somos os primeiros a reconhecer que a postura do nosso jogador, apesar das circunstâncias do momento, não foi adequada, o que aliás lhe foi transmitido no seio do grupo, mas de forma alguma podemos concordar com a dimensão desta punição, sobretudo atendendo ao atrás mencionado sobre os vários jogos em que se assistiu a situações de até maior gravidade".
A terminar, o Boavista assegura que vai "reagir institucionalmente", de forma "pacífica e respeitosa", ainda que veja "que outros seguem outros caminhos, seja por utilização discriminatória do poder face a quem é livre e independente".