Treinador chegou ao clube em outubro, para substituir Filipe Cândido.
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O treinador gostava de entrar na história do clube ao devolvê-lo às competições profissionais, mas, vinca, o caminho será difícil.
Com quatro jogos para o final, o U. Leiria garantiu a fase final, onde tem falhado. Este ano é que é?
-Esperamos todos que sim. Estiveram sempre muito perto, mas quando se chega a uma fase decisiva, com equipas tão apetrechadas e de tão boa qualidade, o pormenor será muito importante. A capacidade da equipa perceber os momentos do jogo, entre outros fatores, pode ser determinante. Acredito que vai ser uma fase muito equilibrada.
As contratações recentes de um defesa, um médio e um avançado foram já a pensar na fase final?
-Foi a pensar em dois aspetos. Esse é um deles, o outro é reequilibrar a equipa em algumas das fragilidades que temos no plantel, não na equipa que tem jogado com mais regularidade. Antes de eu chegar, a equipa estava projetada para um sistema de jogo diferente. Por lesões, foi obrigada a jogar neste sistema e as coisas começaram a correr bem, ainda com o Filipe Cândido. Contratámos um defesa, que joga preferencialmente com o pé esquerdo (Namora) e que pode jogar como lateral ou central, um médio experiente como o Amado e, depois, o Kikas, que tem uma versatilidade muito grande na frente de ataque. São três jogadores que podem acrescentar, sem garantias nenhumas de que poderão ter mais ou menos minutos.
Apanhou o comboio em andamento e imprimiu o seu cunho aos poucos. Tem sido esse o segredo para a regularidade da equipa?
-Já conhecia o sistema em que a equipa estava a jogar. Tinha jogado assim no Vitória, pelo que não era nada estranho, mas havia nuances que teriam de ser mudadas, porque penso de forma diferente, como é lógico. Dei essa continuidade para dar estabilidade ao grupo. Eles começaram a perceber as minhas ideias e fui pondo-as em prática. A grande vontade dos jogadores e as vitórias também foram ajudando a consolidar tudo e, agora, a equipa já está muito mais de acordo com aquilo que são as minhas ideias. Há sempre coisas para melhorar e estamos longe da perfeição, que nunca vamos atingir, mas já estamos a dar passos muito interessantes.
Ainda não perdeu. Faz um balanço positivo destes quatro meses?
-Faço um balanço positivo, não tanto por mim, mas por aquilo que são as aspirações do grupo, do clube e da cidade. Correndo bem, claro que a identificação acaba por ser muito mais rápida, as coisas começam a funcionar melhor e o acreditar das pessoas funciona de forma diferente. Estas vitórias vêm sustentar um bocadinho tudo o que se tem passado até agora. Mas isto não vale de nada se na fase seguinte não conseguirmos mostrar essa solidez. Cada jogo tem uma história diferente e o que pretendemos é ser cada vez mais completos frente a cada adversário. Nunca nada é garantido. Se quisermos entrar fortes na fase seguinte, não podemos tirar o pé do acelerador, mostrando a nossa capacidade e que merecemos ganhar com qualidade.
Acredita que poderá fazer história na União?
-Gostava muito. Até porque é uma cidade de que gosto e merece ter um clube numa divisão mais acima. Há muitos anos que a equipa quer subir e esperemos - sem pressão, porque no futebol tudo pode acontecer - que possa acontecer. Tudo faremos para que seja uma realidade.