ENTREVISTA > Beto vinculou-se à Udinese no início de 21/22, após muito se ter escrito sobre um ingresso no FC Porto. Reconhece que as ligações entre os clubes faziam fervilhar o sonho, sem deslumbre.
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Beto lembra o namoro público dos dragões, mas avisa que nunca teve proposta em mãos. Fala também da exclusão do Mundial sem mágoas, compreendendo decisões tomadas para o Catar.
Quando estava a terminar a sua ligação ao Portimonense muito se falava do futuro, era regularmente associado aos grandes, muito particularmente ao FC Porto. Havia o gostinho de deixar Portugal a triunfar num dos grandes?
-Isso do FC Porto e dos grandes não passou disso mesmo, não cheguei a receber qualquer contacto, não tive conhecimento de qualquer proposta na mesa. As pessoas pensam que sim mas nada aconteceu. Quis-me a Udinese, ainda antes da última investida, soube de um interesse de França mas decidi por Itália, pela Udinese e não estou nada arrependido da escolha.
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A proximidade do projeto do Portimonense com o FC Porto ajudava a criar a esperança de um salto?
-É algo que passa pela cabeça dos jogadores. Andará na cabeça de toda a gente mas como não houve qualquer contacto nunca pensei muito nisso.
Ficou fora do Mundial quando vivia um momento próspero na Serie A. Tinha expectativas de ser chamado, parecia um prémio justo ou achou normal ficar de fora?
-As pessoas, os meus amigos em particular, dizem-me isso. Que devia ter ido. Mas eu penso para mim se faria sentido esperar ser convocado para um Mundial depois de nunca ter feito parte. Não é normal levar alguém novo para uma fase final. Não fiquei surpreendido, cabe-me trabalhar mais e melhor. Não há muito a fazer, futuramente se verá, pensar no passado não serve de nada.
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Esperançado com este novo ciclo na Seleção?
-Nada tenho a ver com a mudança de treinador. Mas sim, é mais um estímulo em relação ao que posso fazer. Tenho de melhorar, mas também digo que ser ou não ser internacional A não é algo que me tire o sono. Irei se estiver bem.