Benfica-Vitória um a um: rasgo de Taarabt e um visitante que deu água pela barba
Confira as notas atribuídas por O JOGO aos jogadores de Benfica e V. Guimarães no empate (0-0) registado na Luz, na primeira jornada da fase de grupos da Taça da Liga.
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BENFICA UM A UM
Zlobin 7
Em noite de estreia absoluta, acabou por ser determinante. Por instinto, negou o golo a Bonatini aos 45", travando a bola sobre a linha de baliza. No segundo tempo, o russo mostrou-se seguro e não tremeu quando foi chamado a intervir.
Tomás Tavares 6
Titular pela segunda vez esta temporada, o jovem defesa esteve assertivo nas abordagens aos lances. Atrevido, subiu no terreno e tirou vários cruzamentos. Pecou aos 51", ao levar um "nó" de Davidson, mas aos 85" pagou na mesma moeda sobre Florent.
Rúben Dias 6
Voltou a fazer dupla com Jardel no eixo defensivo e esteve à altura. Atento, o central não facilitou perante os avançados dos minhotos.
Jardel 6
De regresso ao onze, o capitão encarnado iniciou o desafio algo titubeante e com uma desatenção num lance com Rochinha. Melhorou e impôs autoridade na defesa.
Nuno Tavares 6
Nem sempre conseguiu impedir que houvesse espaço nas suas costas, mas no geral, esteve bem no processo defensivo. Soube imprimir velocidade ao corredor.
Samaris 5
Esforçado no meio-campo, o internacional grego protagonizou uma exibição híbrida. É verdade que recuperou algumas bolas, mas também errou passes e poderia ser mais eficiente nas transições.
Taaarabt 7
Impressionante a transfiguração do internacional marroquino. Com grande disponibilidade para o coletivo, encheu o meio-campo, revelando inteligência e leitura de jogo. Eficaz na gestão dos timings para soltar o esférico, comandou no miolo, com vários passes acertados.
Gedson 6
Ainda em busca do melhor ritmo competitivo, o médio mostrou garra em cada duelo e não deixou de ser importante nas transições, até porque depois de principiar no lugar que habitualmente é de Pizzi, passou para o corredor central, mais próximo de Seferovic.
Caio Lucas 5
Reforço para a nova temporada, o extremo teve a primeira oportunidade de mostrar serviço sob a condição de titular. No entanto, o brasileiro não conseguiu desequilibrar pelas alas, até porque depois de debutar sobre a direita, passou para o corredor oposto. Autor do primeiro remate à baliza das águias, aos 69", - podia ter faturado de cabeça -, notou-se que ainda está pouco entrosado nos movimentos da equipa.
Jota 5
O jovem avançado foi opção para apoiar Seferovic, mas acabou por derivar para as alas, quer direita quer esquerda. Nota para um remate para fora a abrir a partida e algumas tentativas sem êxito de furar, em velocidade.
Seferovic 5
Correu na frente, mas só teve uma boa chance para marcar. Ao ganhar posição sobre o rival dos minhotos, cabeceou por cima aos 80".
Rafa 6
Trouxe velocidade ao ataque encarnado e quase marcou aos 85".
Gabriel 6
Acrescentou estabilidade e clarividência no miolo.
Raúl de Tomás 5
De cabeça, aos 89", testou a atenção de Douglas.
V. GUIMARÃES UM A UM
Douglas 6
Fez a sua primeira defesa apenas aos 69", quando se arrojou ao chão para travar um cabeceamento de Caio. Depois só teve de agarrar um remate fraco de De Tomás, perto do final do jogo.
Sacko 7
Aproveitou bem as fragilidades defensivas de Caio e apoiou bastante, e com qualidade, o ataque. A defender esteve impecável e só foi ultrapassado em velocidade uma vez, por Rafa.
Frederico Venâncio 6
O momento mais alto de uma exibição marcada pela solidez ocorreu quando, de cabeça, desviou um remate de Rafa que levava selo de golo.
Pedro Henrique 6
Impôs o físico no duelo frente a Seferovic, saiu a jogar com qualidade e ainda tentou fazer a diferença na frente: perto do intervalo acertou no poste de Zlobin, de cabeça.
Florent 6
Subiu no terreno amiúde e foi uma importante muleta do endiabrado Davidson. Um nó cego que levou de Tomás Tavares e a entrada de Rafa trouxeram à tona algumas lacunas a defender que, porém, não comprometeram a equipa.
Mikel 6
Revelou sentido posicional na forma como cortou linhas de passe e usou o seu físico para roubar várias bolas aos homens mais criativos da formação da casa.
André Almeida 5
Começou bem o jogo, mostrando argumentos nos capítulos técnico e do controlo de bola, mas a sua "chama" apagou-se à passagem da meia-hora.
Poha 5
Sucumbiu à presença de Taarabt no seu raio de ação e nunca conseguiu construir com qualidade. A defender correu quilómetros, mas não foi tão aguerrido como os restantes colegas na batalha pelo controlo do miolo.
Rochinha 6
Parte importante do carrossel vitoriano, o extremo deu muito trabalho à defesa do Benfica. Logo aos 9" rematou ligeiramente ao lado após uma grande finta sobre Jardel e, já na segunda parte, surgiu no lado direito do ataque dos minhotos para obrigar Zlobin a uma defesa apertada. Caiu um pouco de rendimento quando passou para o corredor central.
Bonatini 6
Homem de referência no ataque, o brasileiro teve uma grande oportunidade para marcar no mesmo minuto: primeiro, rematou para defesa de Zlobin para o poste e, posteriormente, rematou à barra do Benfica. Foi sempre um perigo para as águias até ser substituído.
Lucas Evangelista 6
Usou a sua visão de jogo para desmarcar os extremos com excelentes passes de rutura.
André Pereira 5
Teve pouca bola para poder fazer a diferença e não fez esquecer Bonatini.
Marcus Edwards 5
Um par de arrancadas onde esbarrou em Nuno Tavares.
A FIGURA
Davidson 7
Um Fórmula 1 que acelerou na pista da Luz
No meio da monotonia própria de um 0-0, Davidson deu nas vistas por jogar numa mudança acima daquela que foi utilizada por todos os outros jogadores. Partindo da esquerda para o corredor central, naquele que é o seu movimento típico, o avançado testou a pontaria em cinco ocasiões e, em três delas, obrigou Zoblin a aplicar-se. A sua evolução de ano para ano é brutal.