Empate em Paris encaminhou apuramento para os "oitavos" e deixa as águias mais perto do recorde de 12 pontos. É preciso recuar até 2011/12 para encontrar aquele que é o melhor registo pontual dos encarnados nesta etapa da competição milionária. Com Jorge Jesus ao leme, o Benfica passou em primeiro lugar.
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Puxar da calculadora costuma ser um hábito quando as equipas estão com os seus objetivos a alguma distância e com um nível de probabilidade mais reduzido. O Benfica da época em curso não tem essa necessidade nesta fase, por ter amealhado já oito pontos e ter mesmo como desafio interno atacar o registo de melhor campanha numa fase de grupos desde que a Liga dos Campeões se disputa no atual formato (2004/05).
Na prática, e com a receção à Juventus e a visita ao terreno do Maccabi Haifa a preencher o calendário benfiquista na competição, a equipa de Roger Schmidt, teoricamente, poderá chegar aos 14 pontos, se somar mais dois triunfos. Dessa forma, irá ultrapassar o registo averbado sob o comando de Jorge Jesus, em 2011/12, quando garantiu 12 pontos e o primeiro lugar num grupo, à partida, bem menos de "morte" que o atual, uma vez que tinha como adversários Manchester United, que até terminou em terceiro lugar, Basileia e Otelul.
Na altura, como agora, o Benfica ainda tem também o primeiro lugar em vista, posição que partilha atualmente com o PSG, perdendo apenas por ter menos um golo marcado que os franceses.
Os atuais oito pontos à quarta jornada, refira-se, só foram superados por uma vez, em 2015/16, com Rui Vitória no comando, graças aos nove pontos alcançados. Caso atinja os 14 pontos finais, ainda assim, o Benfica ficará com menos dois do recorde nacional, estabelecido em 2018/19, com 16 na fase de grupos.
Porém, além da caminhada nesta fase da competição, o Benfica soma esta época mais quatro de invencibilidade nas fases de apuramento, num registo que aumenta para nove jogos sem perder ao ser somado o último encontro da temporada passada, na igualdade arrancada em Liverpool (3-3), insuficiente para contrariar a derrota na Luz (1-3), nos "quartos" da prova.
Um ano sem perder longe da Luz
O empate a um golo arrancado anteontem no Parque dos Príncipes é mais um episódio de uma série de resultados positivos do Benfica na condição de visitante e com várias deslocações a casa de colossos do futebol mundial, sendo necessário recuar quase um ano para encontrar o último desaire milionário das águias. Foi em Munique, diante do poderoso Bayern, a 2 de novembro, que os encarnados baquearam por 5-2. Desde então, seguiram-se sete partidas, com quatro vitórias e três empates. Esta época, além dos triunfos em Kiev e com o Midtjylland, o Benfica venceu a Juventus, em Turim, e parou o PSG, em Paris. Em 2021/22, arrancou um nulo em Barcelona, triunfou com o Ajax (0-1) e empatou em Liverpool (3-3).
Sem perder há 17 partidas como em 2011/12
Com o empate registado em Paris, o Benfica acumula já 17 jogos esta temporada sem provar o sabor da derrota, somando 14 triunfos e três empates. É preciso recuar até 2011/12 para encontrar uma série tão extensa num arranque de temporada. Aliás, nessa altura, como Jorge Jesus, a sequência esticou até aos 22 encontros, terminando com uma derrota ante o Marítimo.