Há excesso de centrais e o brasileiro, com a renovação de Otamendi, quer sair para jogar. A SAD prefere saída definitiva. Roger Schmidt não quer ver repetido o cenário da pré-época passada, quando teve oito centrais no plantel. António Silva, Morato e Otamendi têm lugar cativo, sobra uma vaga para três candidatos.
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Está escrito nos planos encarnados para a nova temporada que o excesso de centrais não pode voltar a ser um problema, pelo que na lista de jogadores a transferir está, precisamente, um elemento do eixo defensivo. Lucas Veríssimo é o defesa que os responsáveis benfiquistas querem negociar e, segundo O JOGO apurou, está mesmo definido que um acordo de saída apenas será negociado a título definitivo, uma situação que, para já, pode resultar numa recusa ao interesse real do Flamengo em repatriar o camisola 4, mas apenas por empréstimo de uma temporada.
O interesse na saída de Veríssimo acaba por ser consensual. Depois da renovação de Otamendi, o brasileiro considera que ficará novamente sem espaço para ser opção regular, dado que o argentino, António Silva e até Morato estão em plano superior na avaliação de Roger Schmidt, como aliás se percebeu pela menor utilização ao longo da última época. Ficando este trio - o internacional português é cobiçado por alguns colossos europeus -, Lucas Veríssimo perderá a corrida pela titularidade e, por isso, prefere rumar a outro emblema.
É aqui que, depois do Corinthians, entra o Flamengo, que tem nos planos a contratação do defesa que completa hoje 28 anos, mas admite apenas o cenário de empréstimo, como forma de canalizar recursos para outras contratações vistas como prioritárias e dispendiosas. Contudo, e numa altura em que as águias estão a diminuir o seu efetivo de jogadores e também a cortar na massa salarial, a SAD entende que o internacional brasileiro poderá render um encaixe acima dos dez milhões de euros, depois de ter custado 6,5 milhões quando foi contratado ao Santos.
Mesmo deixando o plantel, João Victor e Tomás Araújo - ambos regressam de empréstimo - irão candidatar-se a uma vaga, sendo certo que o emprestar novamente o primeiro, contratado na época passada por quase dez milhões de euros, obrigará à permanência do sub-21 português como quarta opção para o eixo defensivo, estando a escolha final dependente do que mostrarem na pré-época e das propostas que venham a surgir por ambos.
Certo é que, recuando no tempo, o treinador alemão não pretende ter novamente sob a sua orientação um lote de centrais que, na época passada, chegou a ser de oito unidades. Além dos seis já referidos, ainda estava no plantel Vertonghen e John Brooks foi contratado em cima do fecho do mercado de verão devido à lesão de Morato, quando Lucas Veríssimo ainda recuperava do grave problema que o afastou dos relvados durante onze meses. O belga saiu livremente no arranque da época e o norte-americano deixou a Luz em janeiro.