Entre 176 equipas das dez maiores ligas da Europa só Benfica e PSG não perderam esta época. Nápoles caiu ontem.
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O Benfica já está em Israel onde, esta noite frente ao Maccabi Haifa, jogará sabendo que já tem nas mãos um dos bilhetes para o palco dos oitavos de final da Liga dos Campeões. No entanto, e apesar de a primeira missão das águias já estar cumprida com distinção desde o triunfo frente à Juventus na ronda anterior, agora é tempo de selar com carimbo dourado uma qualificação sem quedas, ou seja, mantendo a invencibilidade que os encarnados apresentam esta época até agora, não só na UEFA como a nível interno: são 21 partidas seguidas sem perder para a equipa de Roger Schmidt, que tem um registo quase único em 2022/23.
Olhando para as dez ligas mais importantes da Europa e os 176 clubes que nelas jogam, apenas o Benfica e o PSG, não provaram o sabor amargo da derrota. Desta corrida saiu ontem o Nápoles, travado em Anfield Road pelo Liverpool.
O Benfica até pode acabar esta jornada final da fase de grupos como o único emblema imbatível na Europa de topo, pelo menos olhando para o potencial do Maccabi (108.º no ranking da UEFA) quando comparado para a valia teórica do adversário do PSG, que visita a Juventus em Turim, num jogo onde os italianos lutam para chegar... à Liga Europa. Até este momento, recorde-se, os encarnados venceram 17 jogos e empataram quatro.
O garantir desta invencibilidade é, pois, mais uma "cenoura" que Schmidt pode apresentar aos seus jogadores hoje como motivação extra, à qual se juntam duas bem mais saborosas: os prémios (2,8 M€ em caso de vitória, 930 mil euros com o empate) e a possibilidade de ficar em primeiro lugar do grupo H. O triunfo permitirá ao Benfica chegar a um encaixe provisório de 61 milhões de euros nesta edição da Champions, nos quais já se refletem os 9,6 M€ derivados da chegada aos "oitavos".
Ainda no menu da águia para hoje está a ambição de terminar, pela segunda vez na história da Champions no formato atual, à frente de um grupo. Tal apenas aconteceu em 2011/12, com Jorge Jesus, quando o Benfica somou 12 pontos. Ora, aqui está também mais um "extra" para Schmidt adicionar à receita que o alemão espera se venha a tornar num prato especial: uma vitória garante também o melhor desempenho de sempre dos encarnados na fase de grupos, nesse caso com 14 pontos. Ao nível das equipas portuguesas, apenas o FC Porto, em 2018/19, superou esse número, fazendo então 16 pontos.
Israel de travo amargo para os encarnados
Se Schmidt tem argumentos de sobra para instigar o seu grupo a manter prego a fundo em Israel, também para si próprio há uma "cenoura". Estes 21 jogos sem perder no Benfica são já o melhor registo da carreira do alemão, que ficara imbatível por 19 e 16 partidas no RB Salzburgo. Mas, na Luz, pode igualar agora o registo de Jesus em 2011/12, com 22 partidas seguidas sem desaires. Para tal, terá de contrariar um historial negativo para as águias em Israel: duas visitas (Hapoel Telavive e Beitar Jerusalém), duas derrotas. Schmidt, pelo PSV, visitou o Maccabi Telavive na época passada para o play-off da Conference League, empatando 1-1. O Benfica, lembre-se, perdeu fora na Champions pela última vez faz hoje exatamente um ano: 5-2 em Munique, ante o Bayern.
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