"Benfica não vai investir todos os anos 100 milhões de euros", justifica Rui Costa
Rui Costa, presidente do Benfica, fez o balanço da temporada 2023/24 das águias, abordando diversos temas. O dirigente esteve à conversa com vários diretores de órgãos de comunicação social
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Falou em erros. Benfica gastou 100 M€. Há abertura para um investimento semelhante? "O Benfica investiu 100 milhões de euros, mas não é para meses, não mandou ativos para a rua. Os ativos estão todos cá, o Benfica não mandou 100 M€ à rua. A prioridade será sempre desportiva, quando se investe é a pensar nos resultados desportivos, alterou dinâmica do futebol profissional, o Benfica hoje tem jogadores e ativos abaixo dos 23 anos que são mais-valias futuras, desportivas e financeiras para mais tarde se vender. Parte já vem do mercado de janeiro, o que fizemos foi antecipar o mercado com jogadores que acreditamos que serão grandes mais-valias futuras, como Marcos Leonardo, que é preciso dar tempo, mas vai impor-se. Não avaliar só que se gastou 100 M€, é facto que para o exterior investiu-se 100 M€ e não se ganhou, mas não para meses. São ativos, muitos que não deram resultado imediato, mas não tenho dúvidas que serão garantia para o futuro. O Benfica não vai investir todos os anos 100 milhões de euros. Fizemos uma remodelação completa em dois anos do que eram os ativos do Benfica, passando de 60 e tal ativos para agora não passarem dos 40. Procurando, desse modo, criar um núcleo de jogadores protegidos por alguns mais experientes: Otamendi, Rafa, Di María, João Mário, Aursnes. E criar um núcleo de ativos válidos desportivamente, jovens de grande valor que possam ser uma mais-valia desportiva e, só mais tarde, financeiramente. Se fizerem a análise e a média de idades, percebem que a remodelação teve sentido. 100 milhões: percebo o adepto e o jornalista quando referem que 100 milhões de euros é para ganhar tudo. Mas muitos são de futuro. O que pretendemos foi antecipar o mercado de jogadores, que, se não atacarmos agora, mais tarde nunca mais os podemos ter."
Quem vai ter de sair para atacar o mercado? "Apesar da total disponibilidade para responder a tudo o que perguntam, não mandamos no mercado. Temos ideias do que queremos atacar, só agora o mercado vai começar a funcionar. Só com o mercado internacional a funcionar vamos perceber. Já temos alvos. Sobre quem sai, vai depender muito do mercado e das ofertas num ano atípico, porque há o Europeu, com muitos clubes que esperam pelo Europeu para tomarem decisões. Não será o nosso caso, há alvos já definidos, iremos atacar assim que pudermos. As mexidas, esperamos que não sejam muitas, mas vai haver."