Supremo Tribunal de Justiça aplicou coima de 306 pela demora na entrega da informação requerida. Águias explicam situação pela necessidade de compilar dados antigos e sobre várias temáticas
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Multado pelo Supremo Tribunal de Justiça em 306 euros devido à demora em entregar a informação requerida no âmbito da Operação Lex, o Benfica garante, através de um comunicado emitido esta sexta-feira, "o seu integral comprometimento e disponibilidade para uma total colaboração com a Justiça".
Segundo revelou o jornal "Expresso", Sénio Alves, juiz-conselheiro encarregado da instrução da Operação Lex, acusou as águias de "total falta de colaboração" pelo facto de apenas à quarta tentativa o Benfica ter enviado a informação pedida após a requisição de Fernando Tavares, atual vice-presidente das águias e um dos arguidos no processo. A publicação revela que o tribunal já tinha pedido estas informações no início de maio, no princípio de junho e a 20 desse mês. Por sua vez, o Benfica alega que o seu departamento jurídico foi "notificado no dia 08/06/2022", explicando que a resposta à notificação "implicou uma compilação superior a 500 páginas (com consulta de muitas mais) e acesso a informação dispersa e sobre várias temáticas, com mais de cinco anos, a qual se encontrava já em arquivo".
O Benfica esclarece ter sido "notificado para pagar uma coima de 306 euros" a 8 de julho, dia no qual foi-lhe concedido "um prazo de cinco dias para juntar a referida documentação", que tinha sido "entregue, por via postal", no dia anterior. O emblema liderado por Rui Costa garante ainda estar "à disposição para esclarecer qualquer questão que fosse colocada no âmbito do processo" e lembra não ser arguido no processo em causa.
Estas diligências surgem na sequência dos pedidos de Fernando Tavares, um dos arguidos a par de Luís Filipe Vieira, antigo presidente das águias, e do juiz Rui Rangel, que solicitava o acesso a decisões do Conselho de Administração da SAD sobre a política de atribuição dos bilhetes e convites para viagens ao estrangeiro. Fernando Tavares é acusado de um crime de favorecimento pessoal na Operação Lex, na qual Vieira é acusado de recebimento indevido de vantagem. Em causa estará o facto de ter tentado obter informação privilegiada de um processo fiscal que envolvia a empresa do filho.
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