Na Luz é visto como mais prejudicial o despedimento antes de novo clássico, mas contava-se que o técnico abrisse a porta
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O fim da linha é cada vez mais um cenário real para Jorge Jesus no Benfica, podendo o mesmo acontecer a qualquer momento, embora todos os dados, ao dia de hoje, apontem para que, segundo O JOGO apurou, seja ainda sob o comando do técnico de 67 anos que os encarnados vão entrar, dia 30, para novo embate com o FC Porto, desta feita para a Liga Bwin. Isto por uma questão de agenda e porque ainda será analisado o estado da nação nas próximas horas, num momento em que do lado dos responsáveis benfiquistas o técnico já deveria ter, pelo menos, colocado o lugar à disposição.
Despedir o treinador custa "apenas" o salário do resto da temporada, ou seja, mais dois milhões de euros
De facto, a nível interno a corda já terá esticado ao limite e, ao que apurámos, ainda não partiu por uma questão de... calendário. Dois clássicos seguidos contra o FC Porto, ambos no Dragão, desaconselham, na perspetiva diretiva, uma chicotada psicológica e logo nesta altura do ano. Com o Natal à mistura e dois dias de folga, o plantel volta ao trabalho apenas amanhã à tarde, viajando três dias depois para o norte. Logo, não há espaço temporal para que um novo treinador - e Nélson Veríssimo, da equipa B é a solução na calha - consiga preparar um jogo que, correndo mal, pode deixar o Benfica afastado da discussão do título, depois de já ter sido eliminado da Taça de Portugal.
Porém, na Luz existe alguma surpresa pelo facto de Jorge Jesus não ter ainda dado um passo em frente rumo à saída e por vários motivos, num rol que começa pelos maus resultados, sobretudo, frente aos dois principais rivais (derrotas com Sporting e FC Porto), mas também pela identificada falta de química e ligação entre os jogadores e a equipa técnica, que se reflete na qualidade do trabalho e das exibições.