Estádio e espaço envolvente vão ser modernizados e o plano vai ser explicado pelo líder encarnado. Reforma aponta para o Mundial de 2030, mas só avançará após as eleições
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O aumento da lotação do estádio para 68 mil lugares, que será seguido de novo acrescento até aos 70 mil, é apenas a ponta do iceberg de um plano muito mais ambicioso, que visa a modernização do recinto, mas também de todo o espaço envolvente, num projeto que os responsáveis benfiquistas aceleraram nos últimos 18 meses e que hoje vê a luz do dia.
Rui Costa vai esta tarde explicar ao pormenor em que consiste o plano que promete revolucionar por completo toda a envolvência do recinto dos encarnados, que também está incluído nesta onda de modernidade e transformação que visa dar resposta às exigências desportivas das modalidades e também gerar uma nova dinâmica com os adeptos benfiquistas, sem descurar o impacto que tal projeto poderá ter a nível nacional e internacional.
A empreitada dirigida pela empresa “Populous”, que já havia participado no projeto do plano diretor do atual Estádio da Luz, em colaboração com o escritório de arquitetura “Saraiva e Associados”, já tem definidos os prazos de concretização de cada fase das obras, estando previsto o arranque apenas depois das eleições de 25 de outubro. Rui Costa entende que não poderá tomar esta decisão estruturante sem legitimação dos associados, deixando, caso não seja reeleito, a escolha para o seu sucessor devido à dimensão de um investimento muito avultado. Em cima da mesa está a modernização do estádio e o reforço da oferta de recintos, aumento da comodidade e de espaços públicos na zona envolvente ao recinto, que ele próprio também será submetido a alterações, como uma nova fachada que incluirá tecnologia LED programável e um novo quarto piso, sensivelmente a meio da atual estrutura, fora da arquibancada, com 6800 metros quadrados, para escritórios ou oferta de hospitalidade “premium” em dias de jogos, entre outras possibilidades.
O “Benfica District” incluirá ainda um pavilhão multiusos para 10 mil espectadores, capaz de receber eventos culturais, concertos e grandes eventos desportivos das mais diversas modalidades. Também mais dois pavilhões, um com 2500 e outro com 1500 lugares, uma piscina comunitária, um novo teatro e espaço para eventos, um campo de futebol ao ar livre no terraço e uma pista de corrida, além de várias instalações comerciais e de restauração e um hotel.
“Para nos fazer mais fortes”
“Este é um projeto ambicioso e estratégico, a pensar nos sócios, nos adeptos e no clube, que pretendemos começar a concretizar de imediato, para criar melhores condições no estádio, para as modalidades, para projetar o Benfica ainda mais no país e no mundo como a grande referência desportiva de Portugal e a tempo de estar concluído para as grandes competições internacionais que o país vai acolher”, reagiu Rui Costa no comunicado que anuncia para esta tarde, às 18h00, o anúncio oficial de um “um projeto à Benfica, que gera melhores condições para a competição, para experienciar o clube e para acolher quem quer viver o que é ser parte da Chama Imensa, do maior de Portugal”. “É uma aposta para nos fazer mais fortes, mais valiosos e ainda mais liderantes”, completou o presidente do Benfica.
Obra para o Mundial de 2030
Rui Costa vai tornar público hoje o projeto, numa conferência em que estarão presentes a ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes, e o presidente da edilidade de Lisboa, Carlos Moedas. O líder do Benfica poderá assim quantificar o investimento numa obra que está na fase de estudo e só avançará para licenciamento após as eleições. Seguir-se-á a execução do projeto, a adjudicação e o arranque da obra em meados de 2027, que se prolongará por dois anos, para estar pronta antes do Mundial de 2030, organizado por Portugal, Espanha e Marrocos.