O JOGO comparou o percurso europeu da equipa de 2021/22 com o da atual e esta domina mais os jogos e permite menos veleidades aos rivais.
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O Benfica deu um passo importante rumo à segunda presença consecutiva nos quartos de final da Liga dos Campeões com a vitória por 2-0 ao Club Brugge e, nesse sentido, O JOGO analisou os percursos da turma de Roger Schmidt e da liderada por Jorge Jesus e Nélson Veríssimo em 2021/22, sendo notório que nesta Champions as águias dominam mais as partidas e que estão sempre perto da baliza adversária.
São 11 jogos, nove vitórias e dois empates e 30 golos marcados. A média de 2,7 tentos por partida e os 14,2 remates por cada encontro são paradigmáticos da capacidade ofensiva, quase dobrando os valores de 2021/22: 1,43 golos/jogo e 8,4 remates por partida.
"Queremos ter o nosso estilo e controlar os jogos", disse Schmidt na quarta-feira, explicitando a forma como a equipa domina o adversário. Este Benfica é mandão porque tem 54% de média da posse de bola, mesmo tendo em conta os dois jogos com a Juventus e PSG, assume uma percentagem de passes certos acima dos 88% e gosta de ter o esférico controlado, prolongando cada posse para, pelo menos, cinco passes realizados.
O Benfica de Jorge Jesus e Veríssimo, que fez 20 golos em 14 jogos, também teve um percurso difícil depois de duas eliminatórias para chegar à fase de grupos, enfrentando Barcelona e Bayern, arrumando o Ajax nos oitavos de final e perdendo nos quartos para o Liverpool.
Ainda assim, era uma equipa vocacionada para a transição ofensiva, tendo perto de quatro remates por jogo após contra-ataque, conquistando apenas 42% da posse de bola e tendo uma eficácia de passe muito mais baixa (83,6), especialmente em comparação com os passes para último terço certos: 74,3% contra os 82,8% por partida. Também nas contas da intensidade defensiva e ofensiva, Schmidt incutiu maior gás ao ataque e pressão à defesa: 18,7 contra 16,7, segundo dados do Wyscout.