Registos da equipa de Jorge Jesus no desafio no Estádio D. Afonso Henriques foram inferiores ao que tem apresentado em 2021/22, na qual tem sido mais rematadora, atacante e superior nos duelos.
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Na frente do marcador desde os 7", o Benfica viu o V. Guimarães chegar ao empate (3-3), num jogo em que o poderio adversário levou as águias a levantarem o pé em relação ao que têm mostrado em 2021/22.
Encarnados foram batidos em Guimarães nos disparos, cruzamentos e ataques, mas também nas disputas
Habitualmente mais dominadores, os encarnados viram o conjunto de Pepa superiorizar-se pela produção a nível ofensivo, mas também no que diz respeito às disputas. Após começar a ganhar por 2-0, o Benfica viu o adversário dominar nos duelos, desequilibrando assim o jogo.
Com menos de metade dos remates realizados (apesar da melhor eficácia na direção), fruto dos oito tiros contra os 19 do V. Guimarães, o clube da Luz não conseguiu controlar a partida, pois a formação minhota assumiu-se claramente na organização de jogo, com 41 tentativas de ataques posicionais para 19 das águias, segundo dados da Wyscout, massacrando a área de Helton Leite com 29 cruzamentos - como no golo de Estupiñán, que colocou o Vitória a um do empate, com 2-3 -, para apenas nove do conjunto de Jesus.
Registos claramente diferentes em relação ao que os benfiquistas têm apresentado na presente temporada: médias de 12,2 remates feitos e de apenas 9,8 consentidos, de 15,9 cruzamentos tentados e 12,2 realizados pelos adversários, assim como 31,8 ataques posicionais por desafio, contra 23,7 permitidos.
Clube da Luz viu o adversário rematar mais do dobro no jogo da Taça da Liga (19 para oito tiros), quando contabiliza em média 12,2 disparos para 9,8 consentidos
Com menor fulgor ofensivo, o Benfica também não manteve a intensidade e agressividade - Jesus queixou-se sobretudo da fase final. Com 67 (em 2021/22 têm média de 75,6) recuperações contra as 88 do V. Guimarães, as águias venceram apenas nos duelos aéreos - 53,3% de acerto contra 31,1% dos vitorianos. Mas no total de duelos (52,9 contra 43,6), assim como nos duelos ofensivos (65,3 para 46,8) e defensivos (53,2 para 34,7) foi o Vitória a mostrar-se mais forte. E em todas estas disputas o Benfica tem sido superior ao longo da época. Vence em média 48,9% dos duelos, 42,1 dos duelos ofensivos e 59,1 das disputas defensivas.
Mais de meia hora sem rematar
Na frente do marcador ao intervalo (3-2), o Benfica até ameaçou novo golo aos 49", com um tiro de Pizzi que saiu perto da baliza, mas depois deu descanso a Bruno Varela durante largos minutos. Isto porque durante a fase de maior aperto do Vitória de Guimarães não conseguiu rematar, voltando a tentar o golo precisamente apenas depois de a equipa de Pepa ter feito o empate: só aos 86", por Morato, os encarnados remataram novamente à baliza de Bruno Varela, fechando Everton os disparos das águias.