A SAD da Luz colocou neste mercado 36 atletas que não entravam nas contas de Jorge Jesus, aos quais se juntam mais três que saíram em janeiro.
Corpo do artigo
Com a chegada de Jorge Jesus, o Benfica investiu na contratação de vários jogadores de peso quer desportivo quer financeiro, razão pela qual, para equilibrar as contas, a SAD procurou baixar os custos com o pessoal no que diz respeito a ordenados dos jogadores excedentários.
12900500
E com a saída dos atletas riscados pelo técnico - entre os que deixaram os quadros de forma definitiva ou apenas temporariamente, foram colocados 36 neste mercado, aos quais se juntam mais três, que já tinham saído em janeiro, casos de Conti, Gedson e Caio Lucas, todos por empréstimo -, o Benfica contabiliza uma poupança de 20 milhões de euros em 2020/21.
Em alerta quanto à possibilidade de incumprimento dos critérios de fair-play financeiro da UEFA, que já afetou o FC Porto, pois o rácio entre os gastos com pessoal e receitas operacionais atingiu no último exercício os 69 por cento (quando o limite estipulado pelo organismo europeu são os 70 por cento), o Benfica viu sair nesta janela de transferências, no que diz respeito a excedentários, 19 atletas para o mercado estrangeiro, sendo que 17 foram absorvidos a nível nacional.
No total, as águias encaixam 13,2 milhões com estes jogadores: 3,1 com os que saem em definitivo e 10,1 com os emprestados. Verba que nas contas da SAD se junta aos 68 de Rúben Dias. O central não entra, porém, nesta equação da poupança pois era indiscutível para Jorge Jesus - além disso, o valor do seu salário foi substituído pelo seu sucessor, Otamendi, que chega à Luz incluído no negócio com o Manchester City e a auferir um ordenado semelhante ao antigo camisola 6, a rondar os quatro milhões de euros brutos -, Andrija Zivkovic é aquele que representa a maior diminuição no peso salarial das águias. O internacional sérvio rescindiu contrato com o Benfica, ingressando depois no PAOK - foi, aliás, decisivo na eliminação da equipa de Jorge Jesus da Champions, ainda na terceira pré-eliminatória da prova, marcando no 2-1 imposto pelo conjunto de Abel Ferreira em Salónica -, representando um corte de 4,934 milhões de euros, valor bruto que os encarnados iriam gastar em 2020/21, que seria o último ano de um vínculo de cinco temporadas.
A solução encontrada para os jogadores "riscados" permite maior equilíbrio face ao risco de incumprimento do fair-play da UEFA. Águias encaixam 13,2 milhões com saídas definitivas e temporárias
Se Zivkovic era o fardo mais pesado, seguiam-se entre atletas como Carlos Vinícius, que apesar de ter sido o melhor marcador do campeonato em 2019/20 não contava para Jesus, ou Fejsa. De resto, além dos mais caros, houve registo também para muitas saídas com salários mais baixos e residuais, uma vez que diversos dos atletas libertados pelas águias auferiam ordenados de 30 mil euros anuais, assim como de 50 mil ou 90 mil.
Dos 36 jogadores excedentários colocados neste mercado de transferências, oito faziam parte do plantel que terminou a época transata: Zlobin, Tomás Tavares, Florentino, David Tavares, Zivkovic, Jota, Carlos Vinícius e Dyego Sousa, sendo que no caso deste último os encarnados suportavam 25% do salário, peso agora aliviado com a saída do jogador, que o Shenzhen FC emprestou ao Famalicão.