Fruto de mais deslizes, as águias recebem os minhotos, que têm um ponto de vantagem.
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Separados por um ponto, com vantagem para o Braga que é o terceiro classificado, o Benfica, quarto, recebe os minhotos numa jornada em que os seis primeiros classificados à entrada para esta ronda se defrontam hoje entre si, com o Sporting a visitar Guimarães e o FC Porto a receber o Rio Ave, que era o sexto classificado, mas com os resultados de ontem caiu para décimo.
Apenas com uma derrota até ao momento, por ocasião da deslocação ao Estádio do Dragão (1-0), o Braga, que até já liderou a competição, visita a Luz neste clássico ao avesso. É que em virtude das escorregadelas até esta jornada, o Benfica atrasou-se na corrida pelo título, conquista que os encarnados voltam a ambicionar, perdido o inédito pentacampeonato na época transata.
No entanto, numa altura em que estão cumpridas 13 jornadas e, apesar de estarem atrás dos arsenalistas, os números mostram que os encarnados até têm melhores índices na generalidade dos parâmetros de jogo. De acordo com os dados fornecidos pela plataforma "Wyscout", a formação orientada por Rui Vitória faz, em média, mais remates do que o Braga, destacando-se ainda nos passes acertados. Neste item, a diferença é elucidativa (508,84 passes para as águias e 401,02 para o Braga), embora o rácio aproxime ambas as formações rivais, com uma margem mínima a favorecer o clube da Luz, também ele com maior posse de bola, em média. Nos duelos vencidos, repete-se a mesma situação, enquanto nas recuperações de bola o Benfica vence por larga margem, em média, com mais cerca de nove recuperações do esférico por jogo. Numa leitura global, a equipa liderada por Abel superioriza-se aos encarnados no que respeita às perdas de bola, item em que o Benfica está pior, segundo estes dados.
Os encarnados procuram, esta tarde, manter a baliza inviolável pelo sétimo desafio consecutivo - iguala a melhor sequência com Rui Vitória - e os números no sector mais recuado também dão ligeiramente vantagem à formação da capital. Embora as diferenças sejam mínimas, a tendência aponta para um maior número de duelos defensivos ganhos pelas águias, incluindo nos lances aéreos. Somente nas interceções é que os bracarenses têm sido mais eficientes ao longo do campeonato, com quase mais oito interceções, em termos médios.
No capítulo ofensivo, o Braga tem mais um golo apontado do que as águias e, nesta área, há um ligeiro ascendente dos minhotos, no que toca aos rácios. O Braga aproveita melhor os contra-ataques, pois revelam melhor percentagem de remates realizados na sequência de um contragolpe, conseguindo igualmente ter maior taxa de sucesso nos cruzamentos ofensivos do que o vice-campeão nacional, que, todavia, consegue tirar melhor partido dos livres perto da área contrária.