Em fim de ligação com o FC Nordsjaelland, Mumin foi contratado no verão a custo zero, tem cláusula de 50 M€ e os responsáveis vitorianos acreditam que poderá atingir o nível de Tapsoba
Corpo do artigo
A crescer na defesa de forma sustentável desde o jogo com o Gil Vicente, Abdul Mumin sobressaiu na visita ao Benfica, para a Taça da Liga, numa partida que terminaria com uma igualdade (1-1) dentro do tempo regulamentar.
A consistência do V. Guimarães foi um problema para o ataque dos encarnados e o central ganês situou-se claramente entre os melhores, brilhando especialmente no desarme. Com 17 interceções, não só superou a média individual de 5,87 como ficou muito acima do registo de Jorge Fernandes (três), com quem tem formado dupla, totalizando ainda 34 ações bem sucedidas, contra apenas 25 do internacional português sub-21.
Tratou-se de uma surpreendente exceção à regra de Jorge Fernandes desempenhar, como mais ninguém, o papel de patrão da defesa, mas também foi (mais) um claro sinal de que a sociedade desportiva estava bem documentada quando avançou para a contratação de Mumin em agosto, já a projetar uma profunda remodelação no sector mais recuado. A jogar na Dinamarca desde 2016, o defesa de 22 anos adaptou-se facilmente (é titular há sete jogos seguidos) e implicou um investimento residual (relativo ao pagamento dos direitos de formação) uma vez que se encontrava em fim de ligação com o FC Nordsjaelland.
De contrato válido com os minhotos até 2024, está agora protegido por cláusula de rescisão de 50 milhões de euros e os minhotos acreditam que poderá tornar-se, a breve prazo, numa importante mais-valia, ao nível de Tapsoba, vendido há quase um ano ao Bayer Leverkusen por 18 milhões.
O princípio da aventura de Mumin no Vitória foi, curiosamente, negativo. Alinhou como titular na primeira jornada, diante do Belenenses, e acabou por ser um dos sacrificados na jornada seguinte, na sequência de uma surpreendente derrota caseira. Perderia o lugar para Suliman e só voltaria a alinhar de início, já sob o comando de João Henriques, para compensar a ausência, por castigo, de Jorge Fernandes. Desde que formam dupla no centro da defesa, o Vitória apenas sofreu dois golos nos últimos cinco jogos.