Extremo foi a figura do jogo com o Valadares que a Sanjoanense venceu por 3-1
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Menaour Belkheir é o nome do momento em São João da Madeira. O extremo, de 21 anos, fez um hat-trick na vitória (3-1) frente ao Valadares, a contar para a Série B do Campeonato de Portugal.
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O ala, nascido em Paris, começou a jogar futebol na capital francesa com "4 ou 5 anos" e aos 14 mudou-se para Itália. "O início foi muito complicado, sentia muitas saudades da família, mas eles iam visitar-me com regularidade. Comecei por jogar no Hellas Verona. Fiz duas épocas no clube, o Inter observou-me e contratou-me. Alternava entre os juniores e a equipa B", recorda Belkheir que em Milão chegou a travar contacto com João Mário, quando o internacional português representava os "nerazurri".
"Os meus ídolos eram o Perisic, o Icardi ou o João Mário. Certa vez, consegui tirar uma foto com o João Mário e conversei um pouco com ele. Tinha a felicidade de ir várias vezes ao estádio vê-los jogar", lembra. Após duas temporadas em Milão, Belkheir mudou-se para Brescia e, depois, para Turim, até chegar ao concelho mais pequeno de Portugal. "Estive seis meses no Brescia, de seguida assinei pelo Torino e foi então que o meu empresário entrou em contacto com um dirigente da Sanjoanense, viram alguns vídeos meus, gostaram e vim para o clube", revela Belkheir.
"Estou muito feliz e gosto bastante de jogar na Sanjoanense", acrescenta. O extremo descreve-se como um jogador "tecnicista, veloz, com boa finta e bom remate" e a possibilidade de voltar a Itália é um sonho que tem a mesma dimensão do que chegar mais longe em Portugal. "Não me importava de fazer carreira em Portugal", atira Belkheir. O FC Porto é o emblema luso preferido do franco-argelino que na I Liga gostava de "Brahimi", que entretanto saiu dos dragões, e que agora aprecia "Marega (FC Porto) e Bolasie (Sporting)".
A Sanjoanense, quinta na Série B do CdP, está a três pontos do segundo lugar ocupado pelo Lourosa, posto que dá acesso ao play-off de subida. Belkheir acredita que a equipa pode continuar a surpreender. "O grupo sonha com grandes coisas e estamos prontos para elas. O treinador passa-nos muita confiança", explica o ala que se um dia tivesse a possibilidade de representar uma seleção, escolheria a da Argélia, por o pai "ser argelino".