Presidente do Belenenses confirmou que o concerto de Kendrick Lamar, no final de julho, impossibilitou a recuperação do relvado do Estádio do Restelo a tempo do jogo da segunda jornada da Liga 3 com o Atlético
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Patrick Morais de Carvalho, presidente do Belenenses, confirmou que o clube vai ter de receber o Atlético (domingo, às 16h00) no Estádio Nacional do Jamor, na segunda jornada da Liga 3, depois de um concerto de Kendrick Lamar, em finais de julho, ter impossibilitado a recuperação do relvado do Estádio do Restelo a tempo do jogo.
Em declarações reproduzidas no site do Belenenses, o líder do emblema explicou que o Jamor sempre foi uma alternativa tida em conta caso o relvado do Restelo não recuperasse a tempo da estreia em casa dos azuis na nova temporada, depois de um empate 1-1 em Mafra, cenário que agora se confirma.
“Após o espetáculo do Lamar ficámos com 21 dias para recuperar o relvado até ao jogo com o Atlético da segunda jornada. Aplicámos um plano rigoroso de recuperação do relvado que passou por várias fases. Precisávamos que tudo corresse na perfeição, incluindo a colaboração da natureza, para recuperarmos o relvado nesse espaço de tempo. Caso não fosse possível, como não foi, a nossa primeira alternativa para jogar sempre foi o Estádio Nacional. Acontece que uma equipa da I Liga tinha o espaço reservado e tinha preferência sobre nós por ter essa condição de ser equipa da I Liga. Só na passada sexta-feira foi possível termos a certeza de que seremos nós a jogar nesse local. Tínhamos mais dois locais em prevenção e agradecemos muito a esses clubes da I Liga a disponibilidade que mostraram para nos receberem em caso de necessidade. Jogaremos, portanto, com o Atlético, no Estádio Nacional”, detalhou.
Antes, Patrick Morais de Carvalho já tinha reforçado a sua convicção de usar o Estádio do Restelo para muito mais do que jogos de futebol do Belenenses.
“A ideia global passa por termos o Estádio do Restelo como palco dos jogos da nossa equipa de futebol mas também como uma fonte de receita complementar: termos um Estádio modernizado que possa ser usado 365 dias por ano e não apenas nos 35/40 dias que é o uso que lhe damos para fazermos os nossos jogos de futebol. Para isso temos que transformar o estádio num espaço multiusos e multifuncional e estamos ativamente a trabalhar com as maiores empresas do mundo do setor para alavancarmos e acelerarmos o processo de modernização e reabilitação do Estádio do Restelo. Queremos garantir aos sócios e adeptos do nosso clube uma experiência muito mais agradável quando vêm aos jogos de futebol. Que o dia de jogo seja aquilo que todos os adeptos merecem e não o que temos atualmente para oferecer, que, há que dizê-lo sem rodeios, é muito pouco. No fundo algo semelhante ao que estão a fazer os maiores clubes do mundo e está já a ser replicado em Portugal em alguns clubes e em alguns Estádios”, apontou.
“As receitas geradas pela utilização do Estádio do Restelo são hoje e serão no futuro fundamentais para o clube garantir a sua sustentabilidade, a sua liberdade, a sua autonomia perante terceiros, para garantir a qualidade da nossa equipa de futebol e das nossas equipas das modalidades. Toda e qualquer direção do clube tem que arregaçar as mangas e ter a capacidade de dinamizar o Estádio. Sem estas receitas voltaremos rapidamente a um antigamente pautado por incumprimentos generalizados. E isso ninguém quer. Quando se fala em investidores para nós a receita é muito clara: vamos ter no Restelo nos próximos anos um novo e reabilitado Estádio, um novo Pavilhão e uma nova Piscina”, completou, num discurso ambicioso.