Numa busca efetuada em junho, a GNR encontrou material idêntico ao usado na invasão à Academia
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De acordo com informação avançada pela CMTV, a GNR encontrou material que liga a Juventude Leonina ao ataque à Academia durante a primeira de duas buscas à sede da claque, no Estádio José Alvalade. Nesta, que ocorreu na madrugada de 6 para 7 de junho, as autoridades apreenderam bastões, tochas e máscaras semelhantes aos que foram utilizados pelos agressores dos jogadores e equipa técnica durante os incidentes verificados em Alcochete, a 15 de maio. No mesmo local também encontraram várias camisolas de apoio aos, então, 23 primeiros detidos na sequência da invasão à Academia, que continham a inscrição: "Honra e Liberdade".
Posteriormente, e já na sequência das buscas que conduziram à detenção de Mustafá, realizadas no passado dia 11 de novembro, a GNR encontrou no sótão da "Casinha" - espaço ao qual, alegadamente, só o líder da claque e a sua esposa tinham acesso - 16 gramas de cocaína dentro de uma embalagem com arroz e duas gramas de haxixe. Além dos estupefacientes, as autoridades também tiraram várias fotografias a um quadro onde estavam afixados perfis de Facebook de alegados delatores durante as investigações à invasão à Academia. Em cima dessas fotografias podia ler-se: "Os rostos escondidos atrás do computador. Já todos sabemos quem vocês são! Antes morte do que traição."
Recorde-se que as autoridades também têm em sua posse conversas via Whatsapp dos grupos "Academia amanhã", "Exército Invisível" e "Piranhas On Tour", onde alguns dos invasores, entre a divisão de jogadores que iam agredir, prometiam "levar o Iraque" à Academia.