
Fábio Poço/Global Imagens
Avançado holandês explica o processo de adaptação ao futebol português e o que distingue a I Liga da Eredivisie e Bundesliga.
Para Bas Dost, a chegada a Portugal também ficou marcada por um grande choque cultural, nomeadamente a nível do próprio futebol. Um dos melhores exemplos que o avançado do Sporting arranja para justificar esta distinção é o presidente leonino, Bruno de Carvalho.
"O presidente senta-se no banco em todos os jogos. Eu nunca via o presidente do Wolfsburgo, por exemplo. Via uma vez por ano, na festa de Natal. Aqui [no Sporting], o presidente está quase sempre no treino, só falta ser ele a dá-lo, porque de resto está quase sempre lá. Tivemos eleições presidenciais há pouco tempo e foi um circo", afirmou o internacional holandês, em entrevista ao Dagblad van het Noorden.
A postura de Madeira Rodrigues, candidato que saiu derrotado do ato eleitoral, também foi analisada por Dost:
"O nosso presidente foi reeleito com um número recorde de votos. Mas o outro homem que concorreu queria mudar tudo. Dizia que ia despedir Jorge Jesus e que ia contratar Juande Ramos. Na Holanda, por exemplo, estas situações não acontecem", afiançou. Relativamente ao técnico da equipa verde e branca, o goleador desdobra-se em elogios.
"[Jorge Jesus] Conhece-me por dentro e por fora. Se não fosse uma pessoa tão importante no clube, não teria deixado a Alemanha. Foi o presidente do Wolfsburgo que disse que tinha recebido uma proposta de um clube que tinha um treinador que era um Deus. Corri o risco, mas a verdade é que agora estou a fazer golos e o responsável por isso é o treinador", concluiu Bas Dost.
