Avançado romeno foi campeão pelos leões em 2001/02 e fez parceria com o Super-Mário, que considera inigualável
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A paixão pelo Sporting trouxe Marius Niculae a Alvalade pela segunda vez esta temporada, para assistir ao dérbi contra o Benfica - em novembro viajou de propósito para ver o confronto com o Real Madrid do amigo Cristiano Ronaldo. Voltou à Roménia, desiludido com o empate, mas antes analisou para O JOGO o que viu, em particular a exibição de Bas Dost, pelo conhecimento da posição de avançado. E o antigo camisola 7, que depois mudou para a 9 para tentar fugir à maldição das lesões, gostou do que viu, mas não considera possível repetir o feito de Jardel em 2001/02 e conquistar a Bota de Ouro.
"Bas Dost e a luta pela Bota de Ouro? Como Jardel? Não... É muito difícil. Não é possível hoje em dia ganhar uma Bota de Ouro no Sporting. Há o Messi, o Ronaldo... O Jardel era único, o melhor cabeceador do mundo, um grande matador, o melhor que vi. O Bas Dost está a fazer uma grande temporada, é bom avançado, mas não vai conseguir chegar lá. A nossa equipa com o Jardel era espetacular, mais ofensiva que agora, mais concretizadora", comparou, sem confiança na ultrapassagem do 28 holandês ao craque do Barcelona, Leo Messi (ontem marcou mais dois golos, no clássico contra o Real Madrid, e já soma mais três que Dost, tendo ainda mais uma jornada para disputar na liga espanhola que o avançado do Sporting). Ao lado do Super-Mário, no ano da dobradinha sob o comando de Laszlo Boloni (2001/02), Niculae marcou dez golos e viu o brasileiro chegar aos 55 (42 na Liga, o que lhe valeu a Bota de Ouro, à frente de Trezeguet, Henry e Hubner). Aos 65 golos da dupla na primeira época em Alvalade juntaram-se mais 17 na segunda (total de 82), apesar das muitas lesões.
Bas Dost já leva 28 golos na Liga. Jardel foi Bota de Ouro de leão ao peito, em 2001/02, com 42 tentos na Liga. São mais 14 golos, número que Dost ainda pode reduzir
"O Dost ganhou um penálti a pressionar o guarda-redes, com garra. Não fez um grande jogo, mas cumpriu o papel dele. Ganhou o penálti e depois teve outra grande oportunidade, com o pé direito, que podia ter marcado; falhou por muito pouco", lamentou, recordando a chance desperdiçada que podia ter dado tranquilidade à equipa, pois a partida estava, na altura, 1-0.
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Sobre o dérbi em si, a boa entrada dos leões agradou ao antigo avançado do clube, mas não tanto o segundo período do jogo: "Gostei muito da primeira parte. O Sporting entrou bem, com pressão alta, marcou um golo cedo, que ajudou a moralizar no início e a controlar esse período. Mas depois não gostei da segunda parte; deixaram o Benfica crescer e empatar."